Perto de dois terços dos empresários inquiridos para o barómetro da Acege (associação cristã de empresários e gestores), relativo a fevereiro de 2017, consideram que a redução da taxa social única (TSU) era uma melhor contrapartida para a subida do salário mínimo nacional do que a descida do pagamento especial por conta (PEC). De acordo com os resultados do inquérito, 62% preferiam o desagravamento da TSU e 52% discordam do acordo entre Governo e parceiros sociais que optou pela redução do PEC na sequência do chumbo da Assembleia da República ao consenso inicial sobre o alívio da contribuição das empresas para a Segurança Social.

Com 45% das respostas a darem conta de que os empresários e gestores associados da Acege estão “moderadamente pessimistas” em relação à situação do país, 85% dos inquiridos manifestam-se a favor da venda do Novo Banco e apenas 6% se pronunciam a favor de uma nacionalização. Sobre os recentes reforços das posições de investidores estrangeiros no capital de bancos nacionais, como o Millennium BCP e o BPI, o barómetro da Acege revela que uma maioria de 58% qualificam as movimentações como “positivas”.

Menos favorável é a posição dos empresários quando são questionados sobre o facto de a Caixa Geral de Depósitos ter chumbado o plano de revitalização da Quinta do Lago, perdendo, desta forma, a possibilidade de recuperar, por aquela via, um crédito no valor de 278 milhões de euros. Para 78%, a avaliação que é feita sobre este evento é “negativa”.

À questão de saber a opinião sobre o projeto do Metro do Porto que vai permitir ganhar mais seis quilómetros, que ligarão São Bento à Casa da Música, e criar estações nos dois maiores centros hospitalares da região, Santo António, no Porto, e Santos Silva, em Gaia, o parecer é positivo em 89% das respostas. Positiva, para 61%, é, também, “a intenção do Governo de criar 12 estradas para ligar zonas empresariais às auto-estradas em regiões como o norte e sul do país, com recurso a fundos nacionais”.

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Três em cada quatro respostas são negativas quando está em causa saber a opinião sobre a existência de quotas de género nos órgãos de administração e de fiscalização das empresas. Para 51%, não existe desigualdade de oportunidades no acesso de mulheres a cargos de liderança.

O barómetro é uma parceria entre a Acege, NetSonda, TSF e Observador.