O Governo garantiu esta quarta-feira, em resposta ao FMI, que o défice de 2016 não será superior a 2,1%, “abaixo de todas as estimativas do FMI”, e recorda as previsões anteriores do Fundo e a sua evolução para mostrar que se aproximaram das suas.

“O défice não ultrapassará os 2,1% do PIB em 2016, abaixo de todas as estimativas do FMI, sendo o mais baixo desde 1974. A meta orçamental será alcançada sem recurso a medidas extraordinárias”, afirma o gabinete de Mário Centeno, num comunicado enviado às redações.

O Ministério das Finanças lembra que a organização diz no relatório da quinta avaliação pós-programa, publicado esta quarta-feira, que a meta estabelecida para o défice no ano passado “parece ter sido cumprida”, usando as palavras dos técnicos do FMI, antes de mostrar as previsões anteriores do Fundo.

O Governo aproveita ainda para reforçar a garantia que a meta estabelecida para o défice este ano – 1,6% do PIB – será cumprida e aproveita as palavras dos técnicos para deixar uma crítica ao anterior Governo, e à troika da qual o FMI fez parte, lembrando que entre os desafios mais importantes apontados no relatório está o fortalecimento do setor bancário, “setor esse que foi negligenciado durante o Programa de Assistência entre 2011-2014”, nas palavras do Ministério das Finanças.

O gabinete de Mário Centeno diz que conseguiu estabilizar as suas estruturas acionistas e atrair novo capital, algo possível pelas mudanças à lei operadas pelo Governo e aos esforços do setor.

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