Se já a Bíblia ou o Alcorão o diziam, pois agora um novo estudo confirma que cinco dias de jejum podem ser o novo elixir da juventude. Mas não é apenas no Ramadão ou na Quaresma, e sim cinco dias, em cada mês, de dieta específica. O estudo foi publicado na Science Transnational Medicine que defende uma dieta de ‘jejum simulado’, testada em 100 voluntários, conta o El Español.

Mas, afinal, quais são os benefícios de reduzir drasticamente a comida que ingerimos durante cinco dias, todos os meses? Segundo o estudo, não existe uma ligação concreta desta redução alimentar com as doenças associadas ao envelhecimento, mas sim uma clara diminuição de marcadores associados a algumas doenças: menos peso corporal e menos pressão arterial, por exemplo. Ainda assim, apenas 75% dos voluntários conseguiu cumprir à risca o teste.

Como funciona?

Durante os cinco dias de ‘jejum simulado’, as pessoas só podem comer alimentos que equivalem a 700 ou 1.100 calorias por dia, cerca de metade das calorias diárias recomendadas. No resto dos dias, pode-se fazer uma alimentação normal, sem nenhuma restrição. No estudo, os voluntários seguiram esta dieta por três meses e perderam cerca de 2,6 quilos. Mas, para se saber se estes voluntários tinham ou não menos risco de desenvolver doenças, havia que acompanhá-los até ao fim dos seus dias o que, obviamente, não aconteceu. Mas o teste foi feito também em roedores… e deu resultado.

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A dieta está patenteada pelo autor principal do estudo, o bioquímico da Universidade da Califórnia Valter Longo. É composta por alimentos preparados à base de ingredientes naturais específicos que incluem batidos, barras energéticas e bolachas com uma combinação de nutrientes feitos pelos cientistas. A marca chama-se ProLon e só é comercializada para os Estados Unidos da América e Itália. Para adquirir os produtos é necessária uma declaração de um profissional.

Perante esta ‘exclusividade’, já há quem afirme que uma dieta à base de alimentos frescos tem exatamente o mesmo efeito. No Quora, por exemplo, existe uma lista de alimentos alternativos que incluem quantidades limitadas e específicas de alimentos como amêndoas, cenouras cozinhadas ou espinafres. Em entrevista ao El Español, o autor da dieta e do estudo confirmou que qualquer jejum pode ter aspetos benéficos mas também prejudiciais, caso não sejam validados por testes clínicos.

Mas este não é o primeiro estudo que vem afirmar os benefícios de reduzir a alimentação para prevenir doenças. Vários investigadores já os confirmaram.