O exército iraquiano invadiu o aeroporto de Mosul na manhã desta quinta-feira, no âmbito da ofensiva que tem organizado para expulsar o que resta do grupo extremista Estado Islâmico da cidade. Já na segunda-feira, as forças iraquianas tinham entrado nos arredores de Mosul.

A tomada do aeroporto já está a ser considerada um momento importante para o Iraque retomar o controlo sobre a parte sudoeste da cidade, explica o The Guardian, porque vai permitir que as tropas usem uma área mais extensa para as suas operações.

“As nossas forças começaram uma operação grande durante esta manhã para invadir a base do aeroporto e posso confirmar que é apenas uma questão de tempo até controlarmos a área toda”, disse um porta-voz das forças iraquianas. A ofensiva pelo aeroporto foi feita com o auxílio de drones e jatos norte-americanos.

O tamanho da base vai permitir que as forças iraquianas e norte-americanas controlem dois espaços aéreos nas proximidades de Mosul, mas espera-se que o Estado Islâmico ofereça resistência. Esta ofensiva marca uma nova fase na operação militar que foi lançada a 17 de outubro para recuperar aquela que é a segunda maior cidade do Iraque e “capital” do califado.

Depois do arranque da operação militar iraquiana, que visava tirar a cidade do domínio dos militantes do Estado Islâmico, os jihadistas começaram a construir trincheiras ao longo das estradas principais, colocaram bombas nas ruas da cidade, em pontes e dentro de edifícios e têm sido organizados vários ataques com bombistas-suicidas.

Mossul é a segunda maior cidade do Iraque e situa-se perto das fronteiras com a Turquia e a Síria. Os campos de petróleo e o oleoduto que liga a cidade à Turquia faziam de Mosul um ponto estratégico para a economia iraquiana, até ser tomada pelo Estado Islâmico, em 2014.

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