Os protestos voltaram esta quinta-feira às ruas de vários bairros de Paris e polícia foi obrigada a utilizar gás pimenta para dispersar a massa de estudantes que se concentrou na Place de la Nation. Pelo menos nove estudantes foram presos no bairro de Clichy depois de terem sido registados atos de vandalismo e destruição de propriedade. Outras oito foram presas já na Place de la Nation, um praça no Leste de Paris onde os manifestantes se têm reunido.

Pelo menos 15 escolas secundárias foram bloqueadas durante a noite no centro e na periferia da capital francesa naquele que é o último episódio de uma história que conta dois meses de revolta perante a violência policial. Os protestos são uma reação à alegada violação, por um polícia e com um cassetete, de um jovem negro, conhecido como Théo. O incidente — que a polícia disse ter sido acidental — aconteceu quase há um mês mas só há pouco tempo é que Théo recuperou já que teve que ser submetido a uma intervenção cirúrgica de urgência dada a gravidade dos ferimentos.

A hashtag #JusticePourTheo voltou a invadir o Twitter e vários utilizadores colocaram fotos dos protestos.

Os quatro polícias que pararam, revistaram e agrediram Théo estão suspensos e há uma investigação a decorrer mas a violência policial em França, principalmente contra as minorias étnicas, não é um assunto novo.

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O protesto foi organizado pelos ativistas radicais Mouvement Interluttes Indépendant através das redes sociais mas a polícia considerou a manifestação ilegal porque não foi aprovada pelas autoridades.

Não há registo de feridos graves mas foram detidas 11 pessoas.