Um cidadão sueco foi condenado a seis meses de prisão na quinta-feira por promover o apoio ao auto-proclamado Estado Islâmico no Facebook, um caso inédito no país.

Numa publicação na rede social, datada de 21 de agosto de 2013, Ahmad Qadan, de 34 anos, escreveu: “Ajudem-nos a enviar aos nossos irmãos na frente armas para que possam vingar os seus irmãos e irmãs”.

O juiz do distrito de Malmo, Lennart Strinas, disse que o caso não tinha precedentes na Suécia e que o crime cometido “podia ser o primeiro passo de uma cadeia de eventos que culminasse em um ataque terrorista”.

Segundo o tribunal, os interessados em doar fundos para o Daesh deveriam contactar um dos dois nomes escritos na publicação e que lhe dariam um número de uma conta para a qual o dinheiro devia ser transferido. Um dos nomes listados faz parte de uma lista das Nações Unidas de conhecidos financiadores de terrorismo.

As publicações estavam abertas a qualquer leitor que pesquisasse esse tema, mesmo a quem não tivesse uma conta no Facebook. Qadan nega as acusações e disse ao tribunal que apenas tinha começado a gerir a conta, em 2014, sem saber a quem pertencia. A conta está registada no nome de Ash-Shaami As-Suwedi. Segundo as secretas suecas Sapo, cerca de 300 pessoas saíram da Suécia para guerras na Síria e no Iraque.

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