O líder do executivo, António Costa, disse esta sexta-feira que só um primeiro-ministro insano retiraria a confiança ao ministro das Finanças, Mário Centeno, e avançou que Portugal deverá sair do procedimento por défice excessivo.

“É evidente que não está em causa o ministro das Finanças que tem feito um trabalho de excelência, que tem motivado a admiração de todos os portugueses (…). Convém não esquecer que nós no ano passado tivemos pela primeira vez um défice que cumpriu confortavelmente os limites fixados pela União Europeia, o mais baixo de 42 anos de democracia e ainda hoje o vice-presidente da Comissão [Europeia], pode indicar no parlamento que quando o Eurostat confirmar os dados estatísticos que já dispomos, Portugal sairá finalmente do procedimento de défice excessivo”, declarou António Costa.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas à saída da 11.ª Sessão Plenária da Assembleia Parlamentar para o Mediterrâneo (APM), cujos trabalhos terminam hoje no edifício da Alfandega do Porto. António Costa referiu ainda que “só um primeiro-ministro insano é que dispensaria um ministro das Finanças depois deste resultado”.

Questionado pelos jornalistas sobre o avanço da nova comissão de inquérito parlamentar à polémica da Caixa Geral de Depósitos, António Costa considerou que “tudo isto é criar um conflito artificial que só demonstra irritação” da oposição, tendo em conta, por exemplo, o défice de 2016 que foi “o mais baixo de 42 anos de democracia”. O primeiro-ministro defendeu que não se deve confundir a “luta política” com aquilo que são os “interesses fundamentais do país”. Para o primeiro-ministro, “tudo está esclarecido e percebido” sobre a polémica da Caixa Geral de Depósitos.

“O senhor ministro das Finanças já o fez, aliás, com grande transparência e humildade e, portanto, tudo isto é simplesmente uma forma de criar um clima de crispação artificial, de conflito artificial que só demonstra irritação relativamente à excelência dos resultados alcançados nesta governação e, em particular, pelo senhor ministro das Finanças. E, portanto, a confiança no ministro das Finanças não está em causa”, reiterou António Costa. Relativamente às comissões de inquérito, o líder do executivo disse: “Colaboraremos totalmente com todas as comissões de inquérito, dando todos os elementos que nos sejam solicitados”.

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