Para algumas pessoas pode parecer estranho estarmos a falar de um aparelho GPS em pleno 2017 mas, para quem viaja muito de carro, estes aparelhos fazem falta. Apesar de serem comuns na maioria dos automóveis modernos, eles nem sempre oferecem, digamos, um serviço completo.

O novo TomTom GO 6200 permite obter informações, trajetos e alternativas de forma rápida, eficaz e, em certos casos, sem que seja preciso tocar no ecrã do aparelho.

Claro que muitos vão pensar nos smartphones, que já conseguem fazer este trabalho sem grandes engasgos e, além disso, estão constantemente a ser atualizados gratuitamente; mas existem limitações: os gastos associados aos dados móveis (especialmente no estrangeiro), estar ligado à corrente podendo prejudicar a bateria devido ao aquecimento do dispositivo ou até mesmo, porque os suportes para os carros nem sempre são confiáveis durante uma viagem. São diversas as razões que, alguém que passe grande parte do dia a conduzir, pode ter para preferir utilizar um dispositivo GPS em vez do smartphone.

Mais inteligente e rápido do que nunca

É assim que a marca apresenta o GO 6200, mais inteligente e mais rápido. Mas porquê? Porque este é mesmo um aparelho inteligente e capaz de utilizar a Siri ou o Google Now (assistentes virtuais dos dispositivos iOS e Android, respetivamente) para aumentar as suas potencialidades.

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A navegação é simples e muito intuitiva. O ecrã tem uma boa reação ao toque e o aparelho consegue receber indicações através das assistentes virtuais Siri e Google Now

Entra no carro, sozinho, e liga o GPS. Do nada, uma voz pergunta-lhe: “Vai para casa?” e, quando ligado ao smartphone, basta responder que “sim” para que o percurso apareça no ecrã pronto para iniciar a navegação. Esta é uma das muitas funcionalidades do topo de gama da TomTom. Além disso, inclui:

  • Mapas vitalícios e gratuitos de várias zonas do mundo (América do Norte, Europa, África, Austrália ou Nova Zelândia);
  • Informação sobre os radares nas estradas;
  • Cartão SIM incorporado e com dados ilimitados para poder ter acesso à informação do trânsito em tempo real, em Portugal e no estrangeiro;
  • Possibilidade de fazer as atualizações por Wi-Fi sem precisar de um computador;
  • Suporte magnético para que consiga colocar o GPS no local certo sem grandes dificuldades;
  • Leitura de mensagens e atendimento de chamadas em modo mãos-livres.

“Indo eu, indo eu…”

Uma coisa estranha (no bom sentido) neste GPS é a facilidade com que se consegue colocar no suporte. Como inclui ímanes é, literalmente, uma questão de aproximar o aparelho e ele cola-se, quase automaticamente, à base, sem que seja preciso uma grande atenção por parte do condutor. Com a ajuda da conta MyDrive e da aplicação para smartphone, e depois de configurar o local indicado como “Casa”, “Trabalho” e outros que decida acrescentar à lista, o GPS começa o trabalho de aprender as suas rotinas para que possa sugerir um destino com base no local e nas horas a que está a aceder ao dispositivo.

As rotas são calculadas, sempre, com base no estado atual do trânsito para que chegue da maneira mais prática ao destino final. No caso de haver um imprevisto pelo caminho, basta um toque no ecrã, na estrada pretendida, e surge a opção de evitar essa passagem, para que o GPS lhe indique um caminho alternativo.

O suporte segura-se facilmente com uma ventosa ao vidro ou no tablier do carro e o encaixe do GPS é muito simples

Através de uma ligação bluetooth ao smartphone, pode aumentar as potencialidades daquele que, à primeira vista, parece ser um simples GPS. Com o emparelhamento estabelecido pode interagir com as assistentes virtuais Siri e Google Now, para ditar ações consoante o que for necessário – fazer chamadas, responder a mensagens, etc – servindo ainda como equipamento mãos-livres. Quando recebe uma mensagem ou uma chamada, o dispositivo vai conseguir avisar o condutor sobre o remetente e, no caso das mensagens (sejam do WhatsApp, Messenger ou as tradicionais SMS), o GPS vai perguntar se quer que leia o conteúdo da mesma, tudo isto sem que o condutor tenha de desviar a atenção da estrada.

Ao indicar um percurso surge, no lado direito do ecrã, uma barra com indicações dos vários pontos de interesse ou de paragem que vão surgir ao longo do caminho. Aqui pode verificar se existem postos de combustível no percurso, se é indicado algum troço com trânsito ou, simplesmente, para ter uma noção de quanto já andou no total através da barra de percurso. Ao selecionar cada um dos ícones pode obter informação extra sobre o local. Aqui nada de novo, mas funciona muito bem.

Um ecossistema quase automático

O GO 6200 inclui um cartão SIM, com dados ilimitados, que serve para obter a informação de trânsito, os avisos de que existem novas atualizações e, como não podia faltar, para sincronizar com a conta MyDrive. Este ecossistema criado pela marca permite transferir dados entre o GPS, o smartphone e o computador sem grandes dificuldades. Basta iniciar sessão e tem todos os locais marcados e percursos gravados em qualquer dispositivo.

A navegação é simples, sem apresentar informação desnecessária. A barra lateral indica todos os pontos importantes a destacar durante o percurso. Grande parte da cidade de Lisboa encontra-se desenhada em 3D ,o que proporciona uma melhor visão sobre a rua certa para virar.

Uma vantagem ainda maior é o facto de, através do smartphone ou do computador, poder escolher qual vai ser o próximo destino de viagem e, ao entrar no carro e ligar o GPS, o percurso será carregado automaticamente, ficando pronto para iniciar a navegação sem precisar de qualquer outra interação por parte do condutor.

O único defeito que apontamos a este ecossistema da TomTom é estar dividido por segmentos. No caso de termos um dispositivo de treino e um dispositivo de viagem, da mesma marca, temos de instalar duas aplicações, aceder a dois sites diferentes, ter a informação em dois locais distintos, quando seria mais fácil conseguir ter tudo dentro de um só local. Claro que este é um aspeto que só terá relevância a quem tiver mais que um gadget da marca.

Conclusões

Este equipamento especifico, definitivamente, não é para utilizadores ocasionais. Foi pensado para poder auxiliar o condutor ao longo de várias viagens e consegue adaptar-se a diferentes rotinas, sugerindo sempre o destino mais frequente com base na localização em que se encontra e nas horas a que está de partida.

Acreditamos que seja um dispositivo para pessoas que passam grande parte do dia a conduzir e, se forem frequentemente para fora do país, ainda melhor, devido aos mapas que vêm integrados e à ligação de dados incluída. Como consegue interagir com o smartphone, acaba por evitar algumas multas por ir a conduzir a falar ao telemóvel ou deixar que uma mensagem importante passe despercebida porque não ouviu o toque de aviso.

O TomTom Go existe em duas versões:

TomTom GO 6200 de seis polegadas (versão recebida para teste) – 379,95 euros

TomTom GO 5200 de cinco polegadas (versão igual à de teste mas com um ecrã mais pequeno) – 329,95 euros