O centro comunitário judaico de Mid-Westchester, em Scarsdale, no estado de Nova Iorque, foi esta segunda-feira evacuado devido a uma ameaça de bomba, avança a CBS New York.

Cerca de 100 crianças, entre os dois e os cinco anos, estavam dentro do edifício na altura do alerta. As autoridades retiraram-nas imediatamente do interior.

A diretora do centro judaico, Karen Kolodney, não acredita que se trate de uma ameaça real, considerando os sucessivos ataques à comunidade judaica “o novo normal”.

Espero que possamos mudar a sociedade em que vivemos e que as pessoas não tenham de viver neste tipo de medo” nota Kolodney.

Mas este não será caso único. Serão vários os edifícios judaicos que estão a ser alvo de ameaças de bomba em várias regiões dos Estados Unidos.

Destruição de cemitérios judaicos

O World Jewish Congress — que representa as comunidades judaicas em cerca de 100 países — considerou, esta segunda-feira, “desprezível e cobarde” os danos causados a dois cemitérios judaicos, conta a Boomberg.

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No cemitério de St. Louis, no Missouri, mais de 150 lápides foram danificadas e, mais recentemente, pelos menos 75 lápides no cemitério de Mount Carmel, Filadélfia. O presidente do World Jewish Congress, Ronald S. Lauder, afirmou que:

Nas últimas semanas e meses temos testemunhado uma escala sem precedentes inconcebível de atos anti-semitas nos Estados Unidos, e incrivelmente, eles continuam a acontecer.

Lauder garantiu ainda que “[a sociedade] nunca deve ser complacente diante de tal anti-semitismo, ou qualquer forma de ódio e intolerância, porque mesmo ameaças aparentemente inócuas podem rapidamente terminar em horror indizível”.

Na semana passada, Donald Trump condenou a recente onda de ameaças à comunidade judaica depois da Casa Branca ter sido criticada por não denunciar a situação.

As ameaças anti-semitas contra a nossa comunidade judaica e centros comunitários são horríveis e dolorosas e são um lembrete muito triste do trabalho que ainda tem de ser feito para erradicar o ódio, o preconceito e o mal”, citou a CNN.

Ronald Lauder incentivou a Casa Branca a reconhecer que “o anti-semitismo está vivo” e assegurou que “os judeus americanos estão preocupados” com as ameaças de que estão a ser alvo.