O conselheiro de Estado chinês Yang Jiechi encontra-se, esta semana, nos Estados Unidos para a primeira deslocação a Washington de um alto responsável de Pequim, desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, tomou posse. Yang Jiechi vai reunir-se segunda e na terça-feira com responsáveis dos Estados Unidos para discutir “os laços bilaterais e questões de interesse comum”, revelou no domingo o ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

As relações entre as duas potências atravessam um período de incerteza, depois de Trump ter acusado, por várias vezes, a China de concorrência desleal e de não fazer o suficiente para travar o programa nuclear da Coreia do Norte. Depois de eleito e antes de tomar posse, o líder norte-americano questionou ainda a política “uma só China”, vista por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do seu território.

A agência noticiosa oficial Xinhua confirmou que Yang será o primeiro alto funcionário chinês a visitar os Estados Unidos desde a tomada de posse de Trump, em 20 de janeiro. Uma das prioridades de Yang Jiechi passa por preparar um futuro encontro entre Donald Trump e o Presidente chinês, Xi Jinping, detalhou a Xinhua, que cita um investigador do Instituto de Estudos Internacionais da China.

Em fevereiro, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, durante o encontro entre os chefes da diplomacia dos países do G20, na Alemanha. Tillerson instou a China a adotar uma postura mais dura face aos testes nucleares e com mísseis balísticos protagonizados pela Coreia do Norte.

O encontro surgiu depois de Trump ter voltado atrás e reafirmado o compromisso de Washington com o princípio “Uma só China”, numa conversa telefónica com o homólogo chinês, Xi Jinping. A China proibiu, entretanto, as suas empresas de importar carvão da Coreia do Norte, uma das raras fontes de divisas estrangeiras de Pyongyang.

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