A Ford decidiu conceber a versão mais desportiva do seu Fiesta tendo como base um motor com apenas três cilindros, solução habitualmente utilizada para conter os consumos e o peso. Denominado Fiesta ST, a sua “alma” vai ser o 1.5 EcoBoost tricilíndrico em alumínio, soprado por um turbocompressor e possuindo injecção de gasolina directa e indirecta, um sistema de dupla injecção que visa permitir ao motor que dê potência em alta-rotação, mas depois consumir menos a baixo e médio regime.

A força gerada pelo novo motor atinge 290 Nm e a potência 200 cv, o que permite à versão mais desportiva do Fiesta passar a fasquia dos 100 km/h em apenas 6,7 segundos, ou seja, menos 0,2 segundos do que na anterior geração, que possuía um motor 1.6 turbo de quatro cilindros, capaz de fornecer 182 cv e 240 Nm. Curiosamente, já existia uma versão ainda mais puxada deste motor no antigo ST, que debitava 200 cv e 290 Nm, pelo que deverão ser outros motivos, que não a potência, a justificar a troca do quatro cilindros pelo novo tricilíndrico.

O novo motor da Ford vem cheios de truques, todos visando conter os consumos e as emissões, sobretudo estas últimas. Para começar, a nova unidade motriz recorre à variação dos ângulos de abertura e fecho das válvulas e consegue ainda desligar um dos três cilindros e em apenas 14 milissegundos, com a marca a afirmar que é mais rápido do que um piscar de olhos. Quer isto dizer que, quando se circula a velocidades contidas e com pouca pressão sobre o acelerador, o Fiesta ST é apenas um bicilíndrico, o que reduz a potência, mas corta também o consumo de gasolina.

A prova é que a Ford, que ainda não revela o consumo do novo motor – deixa isso para o Salão de Genebra –, anuncia as emissões de CO2, revelando que são de apenas 114 g/100 km, muito longe das 139 g da antiga versão de 182 cv e mais ainda do antigo motor de 200 cv (140 g). Como estes reivindicavam consumos médios de 5,9 e 6,1 litros, respectivamente, não andaremos longe da verdade se calcularmos a média ponderada do novo 1.5 EcoBoost algures nas proximidades dos 5,0 litros.

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O novo Fiesta ST oferece três modos de condução, designadamente o Normal, Sport e Track, que agem sobre o controlo do motor, som do escape e ajudas à condução, a começar pelo controlo de tracção, tornando o desportivo mais seguro e fácil de conduzir, em ritmo de passeio, ou então mais rápido e eficaz, para os que se quiserem divertir ao volante. Preços? Só depois do salão helvético, a 7 de Março, mas até lá pode entreter-se com as habilidades do acrobata Ken Block aos comandos do novo ST…

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… ou com o vídeo promocional do modelo, num confronto com um ciclista. Imagine quem fica a perder?

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