A jovem marca francesa do Grupo Renault decidiu que o Carnaval era a melhor altura para começar a revelar o seu primeiro veículo como marca independente sem disfarces ou camuflagens. Com as linhas esguias e elegantes que já tínhamos visto no concept Vision de 2016, o novo Alpine aproveita ainda para sugerir que se irá chamar A110 (pelo menos, é isso que aparece numa das placas no lugar da matrícula), numa homenagem óbvia ao mítico desportivo produzido pela Alpine na década de 70 e que se tornou o primeiro vencedor do Campeonato do Mundo de Ralis, em 1973.

A Alpine, que é liderada pelo antigo responsável pela Renault Sport – departamento da marca francesa que, além dos veículos desportivos, se encarrega igualmente dos modelos de competição, Fórmula 1 incluída –, tem como objectivo produzir um desportivo rápido. O A110 garante 4,5 segundos de 0 a 100 km/h, ou seja, tanto quanto um Porsche 718 Cayman S (350 cv), sendo substancialmente mais ágil e eficaz, uma vez que deverá ter um peso próximo dos 1.000 kg, ou seja, quase 450 kg menos do que o seu rival alemão.

A dieta do A110 foi conseguida à custa de uma carroçaria em alumínio e uma série de soluções herdadas dos carros de competição, a começar por bancos muito finos e leves, como se se tratassem de baquets. O motor terá 1,8 litros (no A110 de 1973 também era esta a cilindrada) e deriva do 1.6 Turbo que equipa o Clio RS, que com mais capacidade, injecção directa e outros truques ao nível da sobrealimentação, deverá posicionar-se acima de 250 cv, deixando espaço para uma versão mais possante (com o 2.0 Turbo do novo Mégane RS, que possuirá mais de 300 cv), a ser apresentada posteriormente.

Não deixa de ser notável que o primeiro modelo da Alpine como construtor independente – e não, como acontecia até aqui, uma mera gama desportiva de modelos Renault – procure desde logo combater as referências do segmento. Com a mecânica colocada imediatamente atrás dos dois assentos, o A110 esgrime o motor central, aliado às rodas colocadas nas extremidades da carroçaria, para conseguir bater os melhores do mercado em matéria de comportamento em curva, o que se pode traduzir por prazer de condução.

O Alpine A110, que acoplará ao bloco de quatro cilindros sobrealimentado uma caixa DSG de dupla embraiagem, será proposto por valores compreendidos entre 55.000 e 60.000€ em França, e promete consumos particularmente reduzidos. A 7 de Março serão reveladas as restantes especificações técnicas, bem como os detalhes do interior do novo coupé desportivo.

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