“O Donald Trump do futebol” que está “está a tentar tornar o seu clube grande de novo”. É assim que o jornal britânico The Independent descreve o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, num artigo publicado a três dias das eleições de sábado. “É um herói para os seus apoiantes, mas é acusado de diminuir o prestígio do cargo que ocupa por aqueles que o desprezam”, escreve o jornal, acrescentando que o atual presidente do Sporting enfrenta, no próximo sábado, um adversário, Pedro Madeira Rodrigues, “determinado a desfazer todo o que [Bruno] de Carvalho já fez no cargo”.

O The Independent destaca que Bruno de Carvalho “pode não ser popular para toda a gente”, mas acrescenta que na génese da sua atitude pode estar “o péssimo estado do clube quando ele tomou posse, em março de 2013”. Nessa altura, o Sporting “tinha dívidas de centenas de milhões de euros e também tinha parado de competir no relvado”.

Também as difíceis relações com o empresário Jorge Mendes, o despedimento de Marco Silva com base “no motivo absurdo de não usar um fato do clube em eventos oficiais” e o “acordo secreto com Jorge Jesus, o treinador dos odiados rivais” são referidos no artigo do jornal britânico, que sublinha que Bruno de Carvalho “age como um fã que arranjou forma de entrar na sala de reuniões”.

O jornal escreve ainda que Bruno de Carvalho “deverá ganhar confortavelmente” as eleições, o que lhe vai dar “licença para continuar a gerir o clube da maneira que quer”. “Arrogante, conflituoso, sempre a fumar”, Bruno de Carvalho “impôs-se a si e à sua enorme personalidade no clube de uma maneira que poucos conseguem, e não vai a lado nenhum nos próximos tempos”, conclui o jornal.

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