O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, admitiu esta semana a derrota na batalha pela cidade iraquiana de Mossul, num discurso de despedida em que ordenou aos combatentes do grupo extremista que abandonassem a cidade. Segundo a estação televisiva iraquiana Alsumaria, citada pelo jornal de língua inglesa Iraqi News, al-Baghdadi divulgou o discurso em comunicado a todos os combatentes, deixando ordens para que “fujam e se escondam nas zonas montanhosas”. Além disso, os militantes do Estado Islâmico receberam ordens para se fazerem explodir quando forem cercados por tropas iraquianas.

As tropas do regime iraquiano, apoiadas pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, anunciaram na semana passada o lançamento de uma nova operação militar para recuperar a zona oeste da cidade de Mossul — a parte que estava até então sob o controlo do Estado Islâmico.

Antes, em janeiro, as forças iraquianas já tinham anunciado a retoma do controlo da zona leste da cidade, depois de terem derrotado os combatentes do Estado Islâmico que ocupavam aquela parte da cidade.

À reconquista de Mossul. O que está em jogo?

A cidade de Mossul, a segunda mais importante do Iraque depois da capital, Bagdade, estava sob o controlo do Estado Islâmico desde o verão de 2014, altura em que o grupo extremista tomou o controlo de grande parte do norte do país. Em outubro de 2016, as forças iraquianas, apoiadas pela coligação internacional, lançaram um plano militar para recuperar o controlo da cidade. A primeira fase, concluída ainda em 2016, permitiu a entrada das tropas iraquianas em Mossul, mas o Estado Islâmico ainda manteve o controlo de algumas zonas, pelo que a ofensiva continuou no início deste ano.

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