Uma sessão evocativa no parlamento dos Açores, uma mostra documental no Museu da Presidência e um concerto estão entre as iniciativas que assinalam o centenário da morte do primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga. Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nasceu na Horta, ilha do Faial, Açores, a 8 de julho de 1840, e morreu a 5 de março de 1917, em Lisboa. Foi professor, advogado, deputado, escritor e poeta, desempenhando ainda, entre outros, os cargos de procurador da República e reitor da Universidade de Coimbra, instituição onde se formou. Sepultado no cemitério dos Prazeres em Lisboa, foi trasladado para o Panteão Nacional a 16 de setembro de 2004.

No domingo, a Casa Manuel de Arriaga, na Horta, onde nasceu e viveu o antigo chefe de Estado, e que é desde 2011 um espaço museológico, é palco de um concerto de violoncelo e clavinova. O concerto, com início às 21h30 (mais uma hora em Lisboa) e de entrada gratuita, inclui a projeção de imagens. No dia seguinte, na sede da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, decorre uma sessão evocativa denominada “Manuel de Arriaga e a juventude”, com intervenções da presidente do parlamento açoriano, e dos presidentes da Câmara da Horta, do conselho executivo da escola secundária Manuel de Arriaga e da Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta.

Na sessão, com início previsto para as 10h locais, estão contempladas apresentações dos alunos do 12.º ano e a conferência, seguida de perguntas, “Manuel de Arriaga, recordá-lo? Porquê?”, pela docente Joana Gaspar de Freitas. Já no Museu da Presidência, em Lisboa, vai ser exibida, a partir de segunda-feira e até 9 de abril, a mostra documental “Manuel de Arriaga: 1840-1917. ‘In memoriam'”, que pretende evocar os 100 anos da morte do primeiro Presidente da República.

A mostra, que apresenta alguns apontamentos biográficos, com maior incidência no período em que Manuel de Arriaga foi Presidente da República, inclui documentos originais do arquivo do ex-presidente, fotografias e alguns objetos pessoais, como as lunetas. No Museu da Presidência pode também ser visto o seu retrato oficial.

Os Correios de Portugal vão igualmente associar-se ao centenário da morte de Manuel de Arriaga, com o lançamento de um postal comemorativo, em data a anunciar. Já o Panteão Nacional vai apresentar a partir de julho uma exposição evocativa de Manuel de Arriaga.

O presidente da Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, Henrique Melo Barreiros, adiantou que dois meses depois, em Lisboa e no Faial, será apresentada a obra “Manuel de Arriaga – Intervenções Parlamentares”, da autoria de Sérgio Campos Matos e Carolina Rufino, numa edição do Centro de História da Universidade de Lisboa e daquela associação.

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