Desde o início desta época de futebol foram apresentadas 52 participações por delitos cometidos contra equipas de arbitragem, que incluem agressões, carros danificados e ameaças. O número é avançado ao Diário de Notícias (link ainda não disponível) por Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF). De uma época para a outra, o número de ocorrências mais do que duplicou, uma vez que durante a temporada de 2015-2016 foram registadas 26 a 28 participações ao Ministério Público, à PSP e à GNR.

Escreve o jornal que entre os delitos registados, que abrangem tanto os escalões distritais como os campeonatos profissionais, se incluem as situações mais recentes, como aquela que envolveu o árbitro Jorge Ferreira, que viu o restaurante do pai, em Fafe, ser vandalizado na madrugada de quinta-feira por membros alegadamente ligados à claque dos Super Dragões. O incidente aconteceu depois de Jorge Ferreira ter arbitrado o jogo Estoril-Benfica (1-2).

Ainda no final de fevereiro foi notícia que o árbitro de 38 anos ficou assustado quando elementos ligados aos Super Dragões visitaram o restaurante do pai, agora no rescaldo do jogo Paços de Ferreira – Benfica, realizado dias antes. Jorge Ferreira ter-se-á retirado para parte incerta durante alguns dias e chegou, inclusive, a ponderar contratar segurança privada.

Por enquanto, o presidente da APAF garante, em declarações ao DN, que os árbitros estão “tranquilos e descansados”, mas que o setor saberá quando dizer “basta”. Por tudo isto, os árbitros que apitam os escalões profissionais, I e II Liga, ponderam pendurar o apito no começo da próxima época caso os clubes não aprovem determinadas alterações, que visam a proteção dos mesmos, afetas ao Regulamento Disciplinar.

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