A principal organização de direitos cívicos dos Estados Unidos considerou, esta segunda-feira, que a nova ordem presidencial sobre imigração, assinada esta segunda-feira pela administração Trump, é “um bloqueio aos muçulmanos” em tudo menos no nome e prometeu combatê-la.

“A administração Trump já reconheceu que o primeiro bloqueio aos muçulmanos era indefensável. Infelizmente, substituiu-o por uma versão em menor escala com as mesmas falhas fundamentais”, disse Omar Jadwat, diretor do projeto Direitos dos Imigrantes, da União Americana das Liberdades Cívicas, a ACLU.

“A única forma de corrigir verdadeiramente o bloqueio aos muçulmanos é não ter um bloqueio aos muçulmanos”, declarou Jadwat num comunicado.

“Em vez disso, o presidente Trump insiste na discriminação religiosa, e pode desde já contar com oposição dos tribunais e do povo”, concluiu.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou hoje uma nova versão do controverso decreto sobre imigração que foi bloqueado pela justiça americana e decidiu retirar o Iraque da lista de países visados.

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Na nova versão do decreto, que visa impedir a entrada de cidadãos de certos países nos Estados Unidos, são agora referenciados seis países de maioria muçulmana: Irão, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen. O Iraque, incluído na primeira versão, ficou de fora.

As pessoas com autorização de residência, que detém os conhecidos ‘green card’, e os titulares de vistos estão explicitamente protegidos e podem continuar a viajar para os Estados Unidos, assegurou a administração norte-americana.

Trump mantém o congelamento da entrada por 120 dias para os refugiados à exceção dos que já tenham, à data, autorização de entrada no país.

O novo decreto entra em vigor a 16 de março, por 90 dias, segundo os documentos publicados esta segunda-feira pelo Departamento de Segurança Interna norte-americano.