A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) defende que o corte na produção de petróleo acertada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se mantenha no segundo semestre, disse esta terça-feira Isabel dos Santos.

Numa entrevista à agência de informação financeira Bloomberg, à margem de uma conferência do setor petrolífero que decorre em Houston, Isabel dos Santos disse que Angola apoia a possibilidade de estender o acordo de cortes na produção para além do primeiro semestre.

A filha do Presidente de Angola aproveitou também para garantir que vai cumprir o mandato de cinco anos à frente da petrolífera nacional e anunciou que a empresa não tem planos para aumentar a despesa nem neste nem no próximo ano, podendo até baixar face aos níveis de 2015 e 2016.

Angola e o Iraque, dois países que já sinalizaram esta vontade, estão ainda abaixo das metas de redução da produção, segundo a Bloomberg, que está nos 78% no caso angolano e nos 58% no caso do Iraque.

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“Estamos algo satisfeitos, mas estamos ansiosos por melhoramentos no preço do petróleo”, disse o ministro do Petróleo do Iraque, Jabbar Al-Luaibi, acrescentando, quando questionado sobre se o acordo para fazer subir o preço deverá manter-se no segundo semestre, que “é provável que isso seja necessário”.

A OPEP e mais outros 11 grandes produtores de petróleo concordaram no ano passado reduzir a produção, o que levou a um aumento de 17% nos preços do petróleo nos EUA durante as últimas cinco semanas de 2016.

No total, a produção da OPEP caiu para 32,17 milhões de barris por dia em fevereiro, o que representa uma queda de 65 mil barris face aos valores de janeiro, o primeiro mês de implementação do acordo, segundo dados da Bloomberg.