Um rinoceronte branco de apenas quatro anos foi morto a tiro no jardim zoológico francês de Thoiry, a oeste de Paris. Os responsáveis pelo crime terão sido caçadores furtivos, conta o The Guardian. O animal, chamado Vince, foi encontrado sem vida pelos tratadores, na terça-feira de manhã, com um tiro na cabeça e sem um dos chifres, que foi removido com uma serra elétrica.

Os caçadores, que forçaram uma grade na entrada das traseiras do parque para entrarem, fugiram antes de conseguirem retirar o segundo chifre do animal, o que indica que poderiam estar na iminência de ser apanhados ou que o seu equipamento teria falhado, de acordo com as autoridades locais, que consideram ter sido o primeiro incidente do género a ocorrer na Europa.

Thierry Duguet, responsável pelo jardim zoológico, conta que Vince era uma das grandes atrações do parque e considerou o ataque “inacreditável”.

É extremamente chocante. Um ato de tal violência extrema nunca aconteceu antes na Europa”, revelou ainda Duguet.

Também Paul de La Panouse, antigo diretor do Departamento de Animais Africanos do jardim zoológico de Thoiry, demonstrou a sua preocupação, dizendo ainda que a morte de Vince serviu como alerta para outros parques.

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Estamos de luto. É um choque terrível. Jardins zoológicos por toda a Europa já ficaram em alerta… Para entrar neste tipo de sítios é preciso escalar vedações de 3,5 metros e passar por portas com cadeados. Não é fácil matar um rinoceronte de várias toneladas como aquele. É um trabalho para profissionais”, salientou Panouse.

Vince nasceu no zoo Royal Burgers, na Alemanha, no final do ano de 2012, e encontrava-se em Thoiry desde março de 2015, acompanhado por Gracie, de 37 anos, e Bruno, de cinco, que conseguiram escapar ilesos ao massacre, segundo um comunicado oficial do jardim zoológico publicado no Facebook, que acrescenta ainda que estes animais pertencem a uma espécie “extremamente ameaçada” hoje em dia.

Os chifres dos rinocerontes brancos, uma espécie em vias de extinção, podem valer entre 30 e 40 mil euros. Vários especialistas dizem que atualmente existem várias redes de comércio ilegal entre França e Ásia, onde os chifres são valorizados pelas suas supostas propriedades afrodisíacas.