São mais de 2,1 milhões de euros retidos no banco, há pelo menos uma década, e cerca de 320 mil euros investidos em obrigações. Os valores dizem respeito às finanças da Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL), instituição criada pela Igreja Católica para ajudar pessoas carenciadas na capital, e resultam de uma investigação levada a cabo pelo jornal Público.

A CDL, uma das 20 organizações filiadas na Cáritas Portuguesa, está a ser investigada desde fevereiro pelo Ministério Público, que instaurou um inquérito na sequência de uma denúncia contra dirigentes.

Na peça em causa, lê-se que a CDL tem imóveis contabilizados em quase 1,4 milhões de euros e que, em 2014, gastou 147 mil euros na ajuda aos mais carenciados — sendo que apenas 11 mil euros dizem respeito a ajudas diretas –, tendo acumulado, em igual período de tempo, 325 mil euros em donativos particulares.

O jornal Público adianta que os dados fornecidos no relatório de atividades de 2014, publicado no site da CDL em março de 2016, não coincidem com aqueles disponibilizados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).

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