O Departamento de Investigação e Ação Penal, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e o Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz estão a desenvolver o primeiro instrumento de avaliação de risco para violência contra idosos.

O projeto resulta de um protocolo entre as três entidades e contempla uma série de fatores de risco de violência doméstica contra idosos, quer seja ou não em contexto de intimidade.

À agência Lusa, Íris Almeida, uma das responsáveis pelo projeto explicou que o instrumento já está construído, estando neste momento a ser aplicado no terreno, ainda em fase experimental, tanto pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) como pelo Laboratório Forense do Instituto Egas Moniz, no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP).

Este instrumento avalia a possibilidade de reincidência da violência no caso de maus tratos a idosos, à semelhança do que já acontece com as restantes vítimas de violência doméstica, em que é avaliado o grau de violência e a possibilidade de reincidência”, explicou Íris Almeida.

Acrescentou que, independentemente dos fatores, é avaliado o risco em modo baixo, moderado ou elevado.

De acordo com a psicóloga e professora assistente auxiliar no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, esta ferramenta irá igualmente servir para sustentar as medidas de coação contra os agressores.

A responsável adiantou que o instrumento começou a ser aplicado em 2016, na sequência do qual foi avaliado e se percebeu “que faltava um ou outro fator de risco”.

Reformulámos o instrumento e neste momento estamos na fase de segunda aplicação. A meio do ano deve estar definido se é ou não a última versão”, disse ainda Íris Almeida, acrescentando que esperam conseguir apresentar os resultados em setembro.

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