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  • Macedo admite: Teria preferido mais capital porque a Caixa não pode recorrer sempre ao acionista

    Uma pergunta sobre os administradores que saíram da comissão executiva com o atual conselho. Macedo diz que a Caixa está disponível para os dois administradores escolhidos por Domingues que não ficaram neste mandato prestarem serviços ao banco.

    O valor injetado foi o resultado da negociação entre o Estado português e a Comissão Europeia. Paulo Macedo admite que teria preferido um valor mais alto, porque a Caixa não tem a mesma margem para recorrer a outros acionistas. A injeção de capital do Estado passou de 2.700 milhões para 2.500 milhões de euros.

    E acaba a conferência de imprensa dos resultados de 2016. Boa tarde, e obrigada por nos ter acompanhado.

  • E o pensa sobre as críticas ao governador? “Entrámos na fase fácil das perguntas”, diz porque não pode responder. Considera pacífica a ideia de autonomização do Fundo de Resolução do Banco de Portugal, uma das linhas da reforma da supervisão financeira anunciada por Mário Centeno esta semana.

  • "Não peçam à Caixa que fique onde os outros bancos não querem ficar"

    E a segunda comissão de inquérito? Paulo Macedo prefere não comentar iniciativas de órgãos de soberania.

    O presidente executivo diz que o aumento de comissões cobradas aos clientes é essencial para executar o plano de negócios acordado com a Comissão Europeia. Sobre o fecho de balcões, Paulo Macedo deixa o avisto: “Não peçam à Caixa que fique em sítios onde os outros bancos não querem ficar. Se assim for, a Caixa não vai sair dos prejuízos dos últimos seis anos”. A rentabilidade e o regresso aos lucros são condições fundamentais para a execução do plano fechado em Bruxelas.

    Macedo está disponível para responder a todas as perguntas, mas quando o questionam sobre se a Caixa pagou os custos dos consultores contratos pelo anterior presidente, António Domingues, ainda antes de tomar posse na Caixa, responde que não sabe. “Espero que tenham sido pagos”.

  • A Caixa não pode estar sempre a recorrer ao acionista para reforçar capital. E quando o faz tem de ser com alguma almofada (buffer), sobretudo num quadro de incerteza.

  • E vai ao parlamento explicar estes resultados, como quer o PSD? “É para isso que estou aqui a treinar”, ironiza Macedo. O presidente da comissão executiva refere que não são normais as referências que têm sido feitas sobre a Caixa no passado recente,

  • 150 milhões para a reestruturação

    Mais uma pergunta sobre os impostos. Para aproveitar os impostos diferidos, que resultam da dedução de custos com imparidades, é necessário, como para todos os bancos, que haja matéria tributável no futuro para poderem ser usados. Ou seja, para a Caixa beneficiar deste imposto diferido terá que se confirmar a expetativa de que o banco terá lucros no futuro, diz o presidente executivo.

    Macedo diz que está estimado um custo de 150 milhões para os custos de reestruturação.

  • Paulo Macedo diz que sobre a recapitalização de 2012 “o que esta administração tem de falar é o futuro, é isso que interessa aos clientes”. A administração está empenhada em cumprir as metas muito exigentes.

  • Impacto no défice? "É uma das únicas preocupações que não tenho", diz Macedo

    O aumento de capital da Caixa só ficará totalmente concluído em 2018, quando termina o prazo para concluir a segunda fase de emissão de dívida privada, no valor de 430 milhões de euros.

    A Caixa terá já resultados correntes positivos em 2017, mas lucros só em 2018.

    E o impacto no défice: “Felizmente é uma das únicas preocupações que não tenho”, responde Macedo.

  • “A taxa de juro há de ser a que o mercado ditar”, diz Paulo Macedo, que não se compromete com “especulações” sobre o custo que a emissão terá. Mas fala num intervalo mínimo e intervalo máximo, que lhe terá sido transmitido pelos bancos que estão a gerir a operação.

  • Vão ser alienadas as operações internacionais que estavam previstas. África do Sul e Espanha terão a prioridade no calendário das vendas. Estão previstas saídas por pré-reformas e rescisões, sempre por acordo. Paulo Macedo diz que o número de saídas é o previsto, mas não diz qual. Mais tarde clarifica: são cerca de 2.200 efetivos.

  • “Só emite dívida subordinada quem tem de emitir”, diz Paulo Macedo, aludindo ao facto de os investidores saberem que a Caixa tem de emitir a dívida para concluir o plano de recapitalização.

    A dívida subordinada “é uma dívida que tem características de elevada remuneração. Há uma perspetiva bastante positiva em relação à emissão da Caixa” no mercado, garante Paulo Macedo.

    “Se não houver nenhuma alteração radical, com as eleições que há [França], há condições para ter êxito”.

  • Caixa irá pagar menos impostos no futuro por causa das perdas registadas

    Seria totalmente impossível registar imparidades ao mesmo ritmo e o nível de imparidades terá que ser muito menor no futuro, diz.

    O efeito fiscal diz respeito a impostos diferidos. Este valor mais significativo resulta do registo de imparidades, que são um custo dedutível em impostos futuro. Implica, reconhece o presidente que a Caixa “irá pagar menos impostos no futuro” quando voltar aos lucros, como acontece com outros bancos, afirma Paulo Macedo.

  • Em 2017, o plano prevê um resultado recorrente positivo e um resultado líquido negativo, diz Paulo Macedo.

    “As imparidades que têm sido feitas no sistema bancário português têm sido apreciáveis”, diz o presidente da CGD, recordando que o BCP também fez 1.600 milhões de euros em imparidades.

    “As pessoas sabem perfeitamente quais são as empresas”, diz Paulo Macedo.

    “A colocação da dívida a privados avançará depois de ser aprovado o prospeto”.

  • Grande parte das imparidades vem de empresas que também são clientes de outros bancos

    E começam as perguntas. Paulo Macedo responde.

    Os resultados dão um ponto de partida positivo, porque o banco estará mais sólido e terá um balanço mais robusto. Os resultados de 2016 são fortemente condicionados pelas imparidades registadas, mas que nos parecem adequadas. Este conselho, diz, demorou tempo a avaliar o valor das imparidades.

    E quando foram dados os créditos que deram imparidades? Macedo diz que o grande volume de imparidades é feito por um número reduzido de empresas que são também clientes de outros bancos. Em outra resposta, esclarece que são cerca de 200 empresas que são responsáveis por uma parte muito substancial das imparidades, mas não quantifica.

    Sobre o valor da recapitalização, diz que a Caixa tem de cumprir os rácios mínimos para operar, mas assinala que a CGD, ao contrário de uma entidade privada, não pode recorrer sempre ao acionista. É muito mais difícil fazer passar um aumento de capital subscrito pelo Estado. Estava previsto um aumento de capital até 2.700 milhões, fica pelos 2.500 milhões, o que reflete uma melhoria do resultado final de 2016, face ao cenário entregue em junho à Comissão Europeia.

  • Mudança mais essencial é da cultura do risco

    O presidente executivo fala no maior foco no país, mas também no triângulo Portugal, África e Ásia. Mas a parte essencial da mudança na Caixa terá que ser ao nível de uma melhor cultura de gestão de risco. Sobre a redução de trabalhadores e balcões, adianta que é o que estava previsto.

  • Paulo Macedo chama a atenção para os objetivos do plano da Caixa para 2020.:

    • Redução total de custos em 20%
    • Redução do custo de risco para menos de 0,6%,
    • Maior resiliência, um rácio de capital mais forte de 14%
    • Uma rentabilidade (ROE) de 9%.

  • "Recapitalização é necessária mas não é suficiente”

    Paulo Macedo diz que “recapitalização é necessária mas não é suficiente”. No dia a seguir a Caixa continuará a não apresentar resultados positivos, pelo que é necessário avançar com o plano de reestruturação.

  • “2016 é, também, um ponto fundamental para materializar aquilo que é recapitalização da Caixa. O facto de a Comissão Europeia ter autorizado a recapitalização da Caixa é um aspeto essencial para esta solidez e este projetar para o futuro”.

    “O que revela esta apresentação de contas e a decisão da DGComp é que estamos preparados para fazer a emissão de dívida e concretizar com êxito esta recapitalização que passa por uma colocação privada também”.

  • Paulo Macedo volta a falar do ano anormal da Caixa, mas realça o comportamento positivo de depósitos e da margem financeira. Depois deste exercício, a Caixa tem um melhor balanço e uma melhor cobertura de imparidades. E tem um bom ponto de partida para o ano de 2017.

  • Paulo Macedo não quer falar muito sobre 2016 e prefere “falar do futuro”.

    “Sobre 2016, como foi referido, temos um conjunto de imparidades que foram feitas, de mais de 3 mil milhões de euros, que deram origem a um resultado negativo de 1.859 milhões de euros e que deve ser caracterizado como um resultado que, em termos estruturais, daquilo que é a margem financeira e comissões, é positivo porque revela que os clientes quiseram ficar com a Caixa”, diz Paulo Macedo, sublinhando o trabalho dos funcionários.

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