A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) tem um perfil de risco “de nível elevado”, diz um relatório de supervisão do Banco de Portugal (BdP) noticiado este sábado pelo Expresso. O relatório, arrasador, diz que as exposições estratégicas “não garantem uma gestão sólida” e verifica-se uma “consistente degradação da qualidade das carteiras dos clientes”.

A análise ao exercício de 2016 da CEMG, o primeiro da responsabilidade de José Félix Morgado, gestor que sucedeu a Tomás Correia na presidência do Montepio, revelou que várias irregularidades não tinham sido comunicadas ao BdP. No documento é sublinhada a “fragilidade dos procedimentos e do controlo de qualidade dos dados dos diversos sistemas da instituição”.

Segundo cita o Expresso, o comunicado do BdP indica que desde julho de 2015 “não dispõe de qualquer relatório de monitorização ou de risco” sobre os ativos e as operações da CEMG.

Montepio diz que a notícia é “sensacionalista”

O Montepio, em comunicado, veio esclarecer a notícia avançada pelo Expresso dizendo que “a referida notícia” carece “de rigor e é sensacionalista”. No mesmo comunicado é possível ler-se que “a CEMG esclarece que a mesma não reflete a situação da instituição reportada a 2016 como se deduz da leitura do artigo”.

O Montepio acrescenta que, em 2015, “procedeu à revisão de procedimentos e áreas passivas de melhoria do governo interno tendo implementado até ao final do ano em causa um conjunto de ações que robusteceram o seu sistema de controlo interno”

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