O primeiro-ministro são-tomense viajou este sábado para os Estados Unidos onde vai ser recebido na segunda-feira pelo Banco Mundial (MB) e Fundo Monetário Internacional (FMI) para discutir o problema da dívida pública e novos financiamentos para as infraestruturas.

“Essencialmente com o Banco Mundial e com o Fundo Monetário Internacional nós iremos discutir esses aspetos”, disse Patrice Trovoada aos jornalistas no aeroporto de São Tomé, momentos antes de viajar.

Em setembro do ano passado, o FMI alertou, em relatório, para o “alto risco de sobre-endividamento” do país e a necessidade do executivo “limitar as subvenções a fundo perdido” e financiamento “altamente concecional”.

“O FMI que tem um programa connosco, quererá saber da evolução macroeconómica, como é que estamos a prever o futuro da evolução macroeconómica, nomeadamente no que diz respeito a questão da divida”, explicou o chefe do executivo são-tomense.

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Em declarações na sua mais recente conferência de imprensa, Patrice Trovoada defendeu que o aumento da dívida pública era uma questão incontornável para o seu país que “precisa de financiamento para aplicar em projetos de desenvolvimento”.

“Estamos numa fase relativamente adiantada para finalizar alguns financiamentos, nomeadamente nas infraestruturas, o Banco Mundial tem sido o nosso parceiro e tem manifestado grande interesse em participar nesse financiamento, particularmente a nível de energia e outros setores também que são de interesse” para aquela instituição, disse Patrice Trovoada.

Na semana passada, durante a assinatura de vários contratos de financiamento com o Banco Europeu de Investimento (BEI) no Ministério dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, o governo são-tomense anunciou que o Banco Mundial está a participar com 16 milhões de dólares num projeto de requalificação do setor energético.

Patrice Trovoada que viajou sozinho para Washington negociar o problema da divida e novos financiamentos para o país, sublinhou que vai encontrar-se também com elementos do setor privado norte-americano “no sentido de ver como é que pode participar a nível dos investimentos privados” do arquipélago.