Donald Trump passou a aceitar os números oficiais, que antes desvalorizava como “falsos”, à medida que procura capitalizar as recentes notícias sobre o mercado de trabalho dos EUA.

A Casa Branca, na sexta-feira, promoveu as estatísticas do Departamento do Trabalho que mostram que os empregadores admitiram, em termos líquidos, 235.000 empregos em fevereiro e uma queda da taxa de desemprego de 4,8% para 4,7%.

“Grandes notícias para os trabalhadores norte-americanos: a economia acrescentou 235 mil empregos, taxa de desemprego caiu para 4,7% no primeiro relatório de @POTUS [acrónimo de Presidente Dos Estados Unidos em Inglês] Trump”, foi a mensagem enviada pelo assessor de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer.

“Esta não é uma má maneira de começar o 50.º dia desta administração”, escreveu mais tarde.

Este comportamento marca uma diferença acentuada em relação à última campanha eleitoral para a Presidência, quando Trump atacou repetidamente a legitimidade do relatório.

Na altura, o candidato Trump denunciou “os falsos números do desemprego”, que dizia serem inventados para fazer os democratas aparecerem de forma positiva.

“Não acredito nesses números falsos, quando se ouve uma taxa de desemprego de 4,9% e 5,0%. O número provavelmente é de 28%, 29%, ou alta quanto 35%”, disse Trump durante a campanha eleitoral para as eleições primárias republicanas, em fevereiro de 2016, no Estado do New Hampshire.

“O número dos 5,0% é uma das maiores mistificações na política moderna”, disse.

Questionado sobre a contradição, Spicer riu-se e disse: “Falei com o presidente antes disto e ele disse-me para o citar, muito claramente: ‘Os números podem ter sido falsificados no passado, mas agora são muito reais”.

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