Colocada em prática a decisão de alterar os regulamentos, permitindo igualmente transformações nos carros, a temporada de 2017 do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC2017) está a ficar marcada, concluídas que estão já duas etapas do Mundial, por um aumento do interesse por parte dos espectadores. Realidade que é, de resto, confirmada pelos dados apurados até aqui, em termos de transmissões televisivas, pelo promotor do campeonato.

Segundo estes resultados, apurados após a realização dos ralis de Monte Carlo e da Suécia, o WRC2017 está a ser um dos mais vistos dos últimos anos pelos telespectadores. Os quais apontam, aliás, aqueles que são já os carros mais potentes da última era como a principal razão para esta adesão.

“A verdade é que, para nós, não é uma total surpresa o facto de os telespectadores estarem a aderir ao Mundial de 2017”, comenta o director da entidade promotora do WRC, Oliver Ciesla. Acrescentando que, “antes do campeonato arrancar, já se esperava que a adesão viesse a melhorar”. Ainda assim, Ciesla não deixa de reconhecer que os actuais resultados “superam tudo” o que a organização esperava.

A verdade é que também já tivemos alguns bons ‘cabeçalhos’: a desilusão sentida por Thierry Neville tanto em Monte Carlo como na Suécia, a estreia a vencer do campeão em título Sebastién Ogier agora com a sua nova equipa M-Sport, ou até mesmo a concretização do sonho que foi para Jari-Matti Latvala a vitória com a Toyota na Suécia”, recorda Ciesla. “Estas histórias vieram dar maior drama ao campeonato e suscitar ainda maior interesse da parte do público. Sendo que, embora aguardemos com interesse os números relativos ao primeiro quarto do campeonato, os resultados obtidos nas duas primeiras provas não deixam de ser encorajadores.”

O Campeonato do Mundo de Ralis de 2017, cuja terceira etapa está actualmente a decorrer no México, com a realização da primeira prova em gravilha, conta com carros novos, visualmente mais impactantes, mais leves (menos 25 kg), muito mais potentes (os motores continuam a ser 1.6 Turbo, mas agora com mais de 400 cv), e com um maior número de marcas oficialmente envolvidas – além da Citroën, com o C3 WRC; da Hyundai, com o i20 WRC; e da Ford, com o Fiesta WRC; há ainda a estreia da Toyota, com o Yaris WRC. Ausência “apenas” da campeã em título Volkswagen, que decidiu abandonar a disciplina.

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