A acusação ao ex-primeiro-ministro José Sócrates não estará pronta até ao final desta semana, como prevê o prazo definido pela procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal. A notícia é avançada pelo jornal i, que não especifica onde obteve a informação mas diz que a acusação não irá chegar antes de meados de abril.

Segundo informação obtida pelo Observador, vai haver uma nova reunião na quarta-feira para decidir se existe ou não adiamento.

José Sócrates volta a ser interrogado esta segunda-feira (e Joaquim Barroca, fundador do Grupo Lena, na quinta-feira), portanto os investigadores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) vão precisar de mais tempo para incorporar o resultado desses interrogatórios.

O jornal adianta que os arguidos vão ser confrontados com supostos novos dados que foram obtidos nas buscas à Portugal Telecom no verão passado. Esses dados estão relacionados com alegadas luvas que terão sido recebidas por alguns dos arguidos relacionadas com negócios da PT.

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O i adianta, ainda, que Ricardo Salgado também vai voltar a ser ouvido nesta nova ronda de interrogatórios.

PGR diz que prazo de 17 de março mantém-se

O Observador questionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o conteúdo da notícia do i mas fonte oficial limitou-se a dizer que, “de momento, nada a acrescentar à informação já prestada”.

A última vez que a PGR se pronunciou sobre o prazo de encerramento de inquérito, definido para 17 de março pela própria Joana Marques Vidal, foi a 22 de dezembro de 2016. Nessa altura, em resposta ao Diário de Notícias, fonte oficial afirmou que “face à informação recolhida” junto da equipa de investigação liderada pelo procurador Rosário Teixeira “, “a procuradora-geral entende não se justificar qualquer reponderação do prazo restabelecido”.

A resposta dada agora ao Observador significa que, no entendimento da PGR, o prazo oficial para encerrar o inquérito continua a ser o mesmo: 17 de março de 2017.