Um golo de Kanté, dois amarelos a Herrera e três dedos levantados de José Mourinho: foi este o programa de segunda-feira à noite, com o Chelsea a receber e vencer o Manchester United por 1-0 nos quartos-de-final da Taça de Inglaterra. E se é verdade que os regressos do treinador português a Stamford Bridge costumam ser direitinhos, este deu para o torto.

Kanté conseguiu ser decisivo a marcar, num raro remate de fora da área

Num encontro fechado a sete chaves com algumas janelas de oportunidade, Mourinho quis dar a volta ao inimigo azul (cor do Chelsea e da seleção italiana) utilizando um sistema de jogo mais parecido com o rival – três defesas, quatro médios e três avançado móveis em posse; cinco defesas, quatro médios e um avançado sem bola. Podia ter resultado, mas nunca saberemos – o duplo amarelo a Herrera logo aos 35 minutos obrigou o português a mexer e amputou a frente.

Mas o jogo estava quente, quentinho: ainda antes do intervalo, uma entrada de Valencia sobre Marcos Alonso deixou Antonio Conte à beira da loucura e no meio dos protestos com o quarto árbitro a coisa descambou com Mourinho. Outra vez, acrescente-se: no jogo do campeonato, que terminou com uma goleada do Chelsea, o português já se tinha travado de razões com o italiano, considerando que tinha faltado ao respeito a um Manchester United de rastos.

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Foi também na primeira parte que aconteceu outro “caso”: não gostando de ouvir algumas bocas dos adeptos blues que estavam atrás do banco, Mourinho levantou três dedos e apontou para o chão várias vezes. Que é como quem diz, “eu fui campeão aqui três vezes”. E contra factos, não há argumentos. Mesmo que agora esteja a orientar um rival. “Podem chamar-me o que quiserem, sou um profissional. Defendo o meu clube e, até terem um treinador que ganhe quatro campeonatos, serei o número 1. Quando tiverem alguém que ganhe quatro campeonatos, então serei o número 2. Mas neste momento o Judas é o número 1”, comentou José Mourinho no final do encontro.

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No segundo tempo, Kanté marcou um raríssimo golo de fora da área aos 51 minutos, decidindo o encontro e qualificando o Chelsea para as meias-finais. Mas aquilo de que mais se irá falar esta segunda-feira e nos próximos dias será mesmo o que se passou fora dos relvados.