Esperada ainda este ano, a futura geração do BMW M5 deverá chegar ao mercado apenas com uma inesperada e inovadora tracção integral e caixa automática de oito velocidades, isto porque a marca alemã está decidida a domar este que é um dos seus familiares desportivos mais emblemáticos, tornando-o mais dócil e menos assustador, especialmente para os condutores com menos experiência.

Segundo avança a britânica Autocar, que cita a vice-presidente sénior da BMW, Hildegard Wortmann, os responsáveis da marca bávara terão já tomado a decisão de abandonar aquela que era há muito a configuração tradicional do modelo, com tracção apenas ao eixo traseiro e caixa automática de sete velocidades (Europa), ou manual de seis velocidades (EUA).

Na sua nova configuração, o M5 passará a ostentar um mais eficaz sistema de tracção integral, conjugado com nova caixa automática ZF de dupla embraiagem e oito velocidades. Embora, dependendo do modo de condução seleccionado, assim como da situação, o modelo poderá circular igualmente com a potência a ser transmitida apenas às rodas posteriores.

Em termos de motor, o futuro M5 deverá contar com o já conhecido V8 twin-turbo com 4,4 litros , com a potência aumentada para perto de 600 cv. Ou seja, uma subida de cerca de 40 cv face ao motor que é actualmente utilizado, e que debita 680 Nm de binário. Mas que podia chegar aos 575 cv nas versões equipadas com o Competition Package.

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Graças à melhoria da capacidade de tracção e ao aumento da potência, o futuro BMW M5 deverá ser capaz de acelerar dos 0 a 100 km/h em 3,5 segundos, valor substancialmente inferior aos actuais 4,3 segundos. O que coloca o M5 ao mesmo nível, por exemplo, do rival da Mercedes, o E63 AMG, cuja última geração, equipada na versão S com um V8 4,0 litros twin-turbo de 612 cv e 850 Nm, anuncia 3,4 segundos de 0 a 100 km/h.

Refira-se ainda que a nova geração deverá exibir sensivelmente o mesmo peso do actual M5. Isto, apesar do aumento nas dimensões e da inclusão da tracção integral, com o segredo a residir numa carroçaria construída em materiais mais leves – dos quais fazem parte uma maior utilização do alumínio, a par do recurso ao carbono no fabrico de alguns componentes, como o tejadilho ou a tampa da mala.

Em termos estéticos, desenhos surgidos ainda em meados de 2016 fazem prever um M5 de aspecto mais agressivo, fruto de um pára-choques dianteiro mais volumoso, com entradas de ar de maiores dimensões.