O antigo presidente não executivo da Caixa Geral de Depósitos discorda da tese de que o aumento de capital realizado no banco em 2012 tenha sido insuficiente. “Neste momento, olhando para trás, tenho de dizer que discordo da tese de que a Caixa não foi suficientemente recapitalizada. No momento atual, acho que a Caixa precisa de mais capital”, afirmou Álvaro de Nascimento esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD.

A posição do gestor, que foi “chairman” da Caixa entre 2013 e 2016, vai ao encontro da posição assumida por escrito pelo ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, mas é contrária à tese defendida na semana passada por António Nogueira Leite, que foi vice-presidente da Caixa entre julho de 2011 e final de 2012.

Álvaro de Nascimento abordou a capitalização de 2012 – que foi, considera, “adequada” -, e ressalvou ser necessária a CGD ser agora novamente capitalizada “para evitar ser apanhada na curva e incumprir” os seus compromissos.

Atualmente, está em funcionamento uma comissão de inquérito, constituída ainda na anterior sessão legislativa, que se debruça sobre a gestão da CGD desde o ano 2000 e sobre os motivos que estão na origem da necessidade de recapitalização do banco público – é nesta comissão de inquérito que Nascimento é hoje escutado.

Atualmente, está em funcionamento uma outra comissão de inquérito onde se pretende esclarecer, no prazo de quatro meses, a atuação do atual Governo na nomeação e demissão da anterior administração do banco público, liderada por António Domingues.

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