Na China quase tudo pode ser pago através de um QR code – imagem constituídas por combinações de quadrados que formam um código que pode ser comparado, por exemplo, aos códigos de barra -, desde uma refeição ao aluguer de uma bicicleta. Além de pagamentos, esta tecnologia também é utilizada como meio de socialização, servindo como uma espécie de cartão de identificação entre pessoas. No entanto, há quem esteja a alterar alguns QR code públicos de forma a que, quando o cliente realiza um pagamento de determinado serviço, o dinheiro seja transferido para uma conta pessoal, em nome do ladrão, em vez da conta da empresa em questão.

Segundo o China Daily, media chinês com uma versão escrita em inglês, “alguns criminosos colam o QR code pessoal por cima do original para, ilegalmente, obterem dinheiro, aproveitando o facto de o consumidor não conseguir identificar a diferença dos códigos”.

O negócio da partilha de bicicletas na China tem estado a ser afetado por estes esquemas. O serviço funciona através do scan do código que está colocado na bicicleta e, depois da transação ser aprovada, o veiculo é desbloqueado. O que acontece é que o código na bicicleta é substituído por outro e, em vez de o utilizador transferir o dinheiro para a empresa, acaba por fazer a transferência para a conta bancária do criminoso.

O facto de as empresas não conseguirem ter controlo sobre os QR code leva a que esta não seja uma situação única na China. Uma técnica menos direta consiste em instalar um vírus no dispositivo do utilizador, através de um QR code diferente daquele que era suposto estar no local de pagamento, levando a que a informação bancária seja recolhida e enviada para o ladrão.

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