O ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano disse esta sexta-feira que o país retomou o seu direito de voto nas Nações Unidas depois de nas últimas semanas ter pago cerca de 560 mil euros em cotizações atrasadas a várias organizações internacionais.

“Nos últimos 15 dias, pagamos 62 milhões de escudos (cerca de 560 mil euros) a várias organizações do sistema das Nações Unidas, à ONU propriamente dita, mas também outras organizações como a Organização Mundial de Saúde (OMS) ou a UNESCO”, disse Luís Filipe Tavares.

O chefe da diplomacia cabo-verdiana e também ministro da Defesa falava aos jornalistas na cidade da Praia, à saída de uma audiência sobre política externa e assuntos de Defesa com o Presidente da República Jorge Carlos Fonseca.

Luís Filipe Tavares adiantou que o Governo de Cabo Verde continua a negociar com essas organizações o pagamento total das dívidas, parte das quais remontam a 2015 e 2016.

Por pagar, estão ainda as dívidas à Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO), que o ministro adiantou estar também a negociar com a organização.

“Com a CEDEAO temos que negociar porque é um valor muito mais substancial. Além das quotas em atraso há também a tarifa externa comum que nunca foi repassada para a organização. Fizemos uma proposta. Estão a analisar a nossa proposta”, adiantou.

Segundo Luís Filipe Tavares, em dia estão as quotas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana (UA).

“Temos tido muita facilidade na negociação com essas organizações e Cabo Verde, não só está a votar neste momento [nas Nações Unidas], mas também está a realizar as suas atividades de forma absolutamente normal nas organizações internacionais às quais pertence”, assegurou.

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