Depois de ter aberto uma investigação à divulgação por marines, que começou num grupo de facebook, de fotografias de colegas nuas, o Pentágono vai criar um código interno para regular o uso das redes sociais. A decisão foi anunciada esta sexta-feira, numa audição na Comissão das Forças Armadas do Senado norte-americano, com um responsável dos marines a explicar que “uma força especial vai identificar a extensão do problema na conduta online, no assédio e numa subcultura de misoginia” que possa existir no exército norte-americano.

Uma das regras que os responsáveis pelas forças militares americanas querem impor é que qualquer marine que publique online conteúdos difamatórios, ameaças que perturbem ou discriminem outra pessoa sejam punidos por um tribunal militar. “As novas regras deixam claro aquilo que esperamos dos marines e como devem comportar-se na internet”, explicou um dos porta-vozes da força, Ryan Alvis, citado pelo El País.

Perante a comissão do Senado, o chefe dos marines, o comandantes Robert Neller, admitiu a existência de um problema “cultural” entre os marines e defendeu que o Pentágono deve alterar essa cultura logo quando os soldados chegam à instituição, nos centros de recrutamento. “É aí que devemos ter uma conversa como nos vemos uns aos outros, independentemente da raça ou do género”.

O chefe dos marines tem insistido, nas últimas semanas desde que foi conhecido o escândalo, para que mais militares que tenham sido vítimas da divulgação de fotografias se identifiquem, para que se possam encontrar todos os culpados. Mas um grupo de veteranas dos marines, ouvido na mesma comissão esta sexta-feira, garantiu que no passado já tinham sido feito denúncias sobre este tipo de situações

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