O Presidente da República prometeu este sábado, no Algarve, receber os representantes dos movimentos de contestação à pesquisa de petróleo na região e também os moradores das ilhas-barreira da Ria Formosa, onde algumas construções serão demolidas antes do verão.

O chefe de Estado foi recebido ao final da tarde frente à Escola Superior de Hotelaria, em Faro, por um grupo de meia centena de manifestantes, na sua maioria ligados a movimentos de contestação à sondagem e exploração de hidrocarbonetos, tendo conversado com alguns sobre a situação atual dos contratos.

Aos jornalistas, reiterou aquilo que dissera aos manifestantes, referindo que, no espaço de um ano, “houve uma melhoria substancial” no processo, já que dos cinco contratos que havia com o Governo para esse fim, existe agora apenas um e que ainda não está cumprido.

“A evolução que houve no espaço de um ano é impressionante e mostra que realmente as preocupações, que eram muitas há um ano, agora existem, mas são mais pequenas”, declarou à entrada daquela escola, onde participou no encerramento do congresso “Pela excelência da economia do Algarve: superar bloqueios e vencer desafios”, promovido pela associação AlgFuturo.

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De acordo com o Presidente da República, havia três contratos em vigor e dois para serem aprovados, sendo que os dois que eram para ser aprovados não foram.

“De três, dois foram rescindidos e um deles era ‘onshore’, em terra, ficou apenas dos cinco, um, que é a 40 quilómetros da costa de Aljezur”, referiu, observando que esse furo tem que ser feito no espaço de um ano, mas “já passaram três meses e não foi feito”, não havendo igualmente “autorização para exploração”.

O Presidente da República prometeu que vai também receber os representantes das associações de moradores das ilhas barreira da Ria Formosa, onde deverão começar a ser demolidas construções antes do verão, ao abrigo do programa Polis, e prometeu estudar a situação, que “é muito antiga” e tem que ser apreciada.

“Há situações muito, muito diversas, mas eu tenho para mim que provavelmente a grande maioria dos que lá vivem, continuarão a viver”, concluiu.