Houve dois momentos decisivos em que as transferências de capital português para paraísos fiscais aumentaram:

  • no primeiro semestre de 2014 (aumento de 15%), antes da resolução do BES a 3 de agosto desse mesmo ano;
  • e no primeiro semestre de 2015 (aumento de 13%), antes da resolução do Banif, que aconteceu a 19 de dezembro.

A corrida a offshores, em 2014 e em 2015, coincide com momentos de fragilidade da banca portuguesa. Os dados são avançados pelo Dinheiro Vivo e constam das transferências para offshore declaradas de forma “voluntária” às autoridades tributárias dos países que integram o Fundo Monetário Internacional.

De referir ainda que no final do primeiro semestre de 2016 os portugueses tinham cerca de 4 mil milhões de euros em paraísos fiscais.

Nos últimos 17 anos, considerando que a lista do FMI vai de 2001 ao primeiro semestre de 2016, os paraísos fiscais mais procurados foram as ilhas Caimão, a ilha de Jersey e as Ilhas Virgens Britânicas.

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