A Coreia do Norte acusou hoje Washington de manter uma política “de agressão” contra Pyongyang, no mesmo dia em que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, termina em Pequim o périplo asiático.

O diário Rodong Sinmun, o principal jornal do país, considerou, num editorial, os Estados Unidos um país “desonesto” e “malfeitor” pela estratégia perante Pyongyang, sublinhando que “não tem qualquer respeito pela soberania nem pela ideia de igualdade”.

“Os Estados Unidos trabalham duramente para justificar as suas ações de agressão como medidas destinadas a preservar a paz”, sublinha o editorial, também noticiado pela agência estatal norte-coreana KCNA.

Os meios norte-coreanos difundiram esta informação no mesmo dia em que o secretário de Estado norte-americano conclui em Pequim um périplo asiático, que também incluiu Tóquio e Seul e que esteve focado na definição de uma nova estratégia perante os desafios norte-coreanos.

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No sábado, Tillerson comprometeu-se a fazer “todos os possíveis” para evitar um conflito militar na península coreana, num momento em que a situação alcançou um nível “bastante perigoso”, depois de se reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi.

O chefe da diplomacia norte-americana também se reuniu hoje com o Presidente chinês, Xi Jinping, num encontro em que ambos se comprometeram a estabelecer uma relação de cooperação favorável para as duas nações e no qual não se sabe se a Coreia do Norte foi assunto em debate.

O périplo asiático de Tillerson ocorre em plena escalada da tensão na península da Coreia devido ao último ensaio militar de Pyongyang em 6 de março, quando o exército norte-coreano disparou quatro mísseis de médio alcance para águas japonesas.