Um grupo de 24 senadores democratas apresentou esta segunda-feira um projeto de lei para suspender a ordem executiva de Donald Trump que determina a construção de um muro com o México para travar a imigração ilegal.

A proposta foi promovida pelo senador Tom Carper, eleito pelo Estado do Delaware, e contou com o apoio de outros 23 senadores, todos democratas, exceto Bernie Sanders, que disputou a nomeação como candidato presidencial por este partido, mas continua a classificar-se como independente.

O projeto de lei, que tem poucas probabilidades de avançar num congresso dominado pelos republicanos, pretende a anulação da ordem executiva, de 25 de janeiro, em que Trump determina a construção do muro com o México e o aumento de recursos para as autoridades de controlo da imigração e a patrulha de Fronteiras, além de diminuir os requisitos para deportar os indocumentados.

A ordem foi o primeiro passo para avançar na construção do muro na fronteira sul, o que degradou as relações com o México, cujo custo em 2018 está estimado pela Casa Branca em 2,6 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros). A ordem “é indigna, anti-norte-americana e má para a segurança”, criticou, em comunicado, a senadora Catherine Cortez Masto, eleita pelo Estado do Nevada, que apoia o projeto de lei e considerou a decisão governamental um desperdício de dinheiro e uma perda de tempo que poderia ser dedicado a “resolver os problemas do sistema migratório”.

O independente Gabinete de Contabilidade Pública (GAO, na sigla em inglês) admitiu que o custo total do muro pode ascender aos 21 mil milhões de dólares, sem considerar o pagamento de indemnizações por expropriação de terras. Este valor excede em muito os cerca de oito mil milhões de dólares avançados inicialmente por Trump.

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