Horas antes de mais uma reunião com Pedro Miranda, o vigário-geral da diocese de Coimbra, João Maria, o maestro de Castanheira de Pera proibido de orientar o coro da igreja alegadamente por ser homossexual, ainda tinha esperança de que o castigo pudesse ser levantado.

Não aconteceu. À saída da reunião (a quarta em apenas um mês) no Paço Episcopal, onde chegou acompanhado do namorado e de duas amigas, todos membros do coro, João Maria assumiu-se triste e desiludido. “Vinha com a expectativa de que se abrisse uma porta para o entendimento. Ficou tudo na mesma”, cita o Correio da Manhã.

Também de acordo com o jornal, Pedro Miranda terá pedido ao maestro e a Piedade Oliveira, membro do coro que também participou na reunião, que se resignassem e acabassem com as manifestações públicas contra a decisão da Igreja. Como alternativa, e uma vez que João Maria é o único elemento proibido de cantar e/ou orientar o grupo, terá sugerido ainda que o coro de São Domingos vá entoar para outra freguesia. Nem um nem outro terão aceitado a sugestão: “Se houver missa estaremos novamente em silêncio”.

A revolta de um coro de igreja, em defesa do seu maestro gay

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