A Polícia de Tete, em Moçambique, suspendeu as buscas para encontrar o corpo do jogador de futebol que foi morto na semana passada por um crocodilo, disse esta terça-feira à Lusa fonte da corporação.

“Foi feito um trabalho junto com a marinha e as buscas cessaram hoje, mas não foi possível encontrar o corpo do jogador” precisou Leonel Muchano, porta-voz do comando da Polícia de Tete, afiançando que durante cinco dias as operações de busca foram alargadas desde a área do ataque e ao longo do rio Zambeze.

As buscas pelo corpo do central do clube Atlético Mineiro, da segunda divisão do futebol moçambicano, foram iniciadas na quinta-feira à noite, depois de o treinador do clube ter pedido ajuda das autoridades após o incidente. “As buscas iniciaram-se na quinta-feira à noite, nas margens do rio Zambeze devido as condições, e na sexta-feira foram alargadas ao longo do rio pensando que fossem encontrados alguns membros, e cessaram admitindo a hipótese de o corpo ter sido devorado”, explicou Leonel Muchano.

O jogador Estevão Gino, de 19 anos, central do clube da segunda divisão de futebol, foi atacado no princípio da noite de quinta-feira por um crocodilo, durante os treinos – para o arranque do campeonato provincial – no campo do clube, nas margens do rio Zambeze, quando ia lavar as mãos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O treinador do clube afirmou que o jogador participou na sessão de treinos na quinta-feira à noite e depois foi lavar as mãos no rio Zambeze, na companhia de dois colegas do clube, quando foi agarrado e levado para a água pelo crocodilo. “Os dois amigos que estavam com ele, afirmam que o crocodilo era de cinco metros e não eram capazes de dominar o animal” disse à Lusa Eduardo Carvalho, descrevendo a perda como um “choque duro” para o clube.

O então capitão da equipa de juniores do Atlético Mineiro, no campeonato passado, foi descrito por Eduardo Carvalho como “de talento excecional” e um dos “promissores jogadores” pela dedicação e que sempre se destacou no clube de 30 jogadores.

Os ataques de crocodilos são frequentes ao longo do rio Zambeze e afetam sobretudo a população que recorre ao rio para buscar água de consumo ou limpeza, uma vez que a água potável é um bem escasso naquela província de Moçambique.