A cidade de Londres foi esta quarta-feira palco de um atentado terrorista cujos detalhes estão ainda por esclarecer totalmente (siga os acontecimentos ao minuto no nosso liveblog). Existem alguns dados que já podem ser confirmados e outros sobre os quais há dúvidas.

O que já se sabe:

Segundo Mark Rowley, comissário da Polícia Metropolitana de Londres, cinco pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas no ataque desta tarde na ponte de Westminster e no Parlamento britânico, em Londres.

Os mortos são o atacante, um polícia e três civis, entre os quais uma mulher que morreu na sequência daquele atropelamento em massa na ponte de Westminster, perto do Parlamento. Os outros civis ainda não foram identificados.

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O polícia morto era Keith Palmer, de 48 anos, casado e com dois filhos. De acordo com a Polícia Metropolitana, Keith Palmer estava desarmado no momento em que foi atacado.

Uma outra mulher atirou-se da ponte para escapar ao carro e foi retirada com vida, apesar de estar em estado grave.

O carro utilizado no ataque foi um Toyota todo-o-terreno.

Depois de atropelar várias pessoas, o atacante embateu contra os rails da ponte. A seguir, o suspeito, vestido de preto, na posse de uma arma branca, seguiu a pé em direção aos portões do Parlamento e esfaqueou um polícia.

As autoridades britânicas neutralizaram o suspeito com três tiros no pescoço quando ele se dirigia para a entrada.

Inicialmente, tinha-se falado em dois atacantes, mas a polícia acredita que o ataque terá sido cometido apenas por uma pessoa.

A Sky News partilhou a primeira foto do atacante, onde o homem aparece a ser assistido por médicos junto à polícia.

A Scotland Yard está a tratar este incidente como um ataque terrorista.

Um grupo de polícias à paisana acionou imediatamente o plano de segurança e conseguiu colocar a salvo a primeira-ministra britânica, Theresa May, que saiu do local num Jaguar prateado.

Há um português entre os feridos. Chama-se Francisco Lopes, de 26 anos e está há 15 em Londres. Foi atropelado na Ponte de Westminster quando se dirigia para o metro. O português ficou com ferimentos nas pernas e na mão esquerda e já terá recebido apoio psicológico e feito uma radiografia.

Cinco dos quarenta feridos faziam parte de um grupo de turistas sul-coreanos. Um deles é uma mulher de 67 anos que sofreu uma lesão na cabeça e já deu entrada no hospital, onde foi submetida a uma cirurgia.

Entre os feridos estão também quatro estudantes da Universidade de Edge Hil, em Ormskirk, em Lancashire, de um grupo de 13 que estava em visita à cidade. Owen, de 18 anos, teve um ferimento na cabeça e precisou de pontos. Travis Frain, para além de ferimentos nas mãos e braços, ficou com uma costela rachada, mas encontra-se bem. Os outros dois estudantes têm lesões de menor gravidade e, por isso, não foram hospitalizados.

Um comissário da Polícia Metropolitana recusou comentar a identidade do atacante mas revelou que a investigação sabe que o atacante terá sido influenciado pelo extremismo islâmico.

Veja aqui um mapa com os principais acontecimentos:

O que ainda falta saber:

Não se sabe se algum grupo terrorista estará na origem do ataque.

Ainda não se conhece a identidade do atacante. Começou por ser divulgado o nome de Abu Izzadeen, um radical islâmico preso por incitar à violência religiosa, mas verificar-se-ia que que este ainda estava na cadeia, pelo que não poderia ter sido ele o operacional.

O comissário da Polícia Metropolitana disse que não ia comentar a identidade do atacante, apesar de as autoridades “estarem convencidas que sabem quem é”. A investigação assumiu que o atentado “foi inspirado pelo pela corrente islâmica de terrorismo internacional”. Mas nada de mais concreto era sabido pela meia-noite.