Foram registadas nove mortes nos EUA devido a um cancro raro que está associado a implantes mamários, conta a Food and Drug Administration (FDA), citada pelo The New York Times. O cancro, chamado linfoma anaplásico de grandes células, afeta as células do sistema imunitário e pode encontrar-se à volta do implante mamário, na pele ou nos nódulos linfáticos (pequenas glândulas que filtram a linfa – líquido que circula no sistema linfático). Os sintomas que levam ao diagnóstico podem ser inchaço, acumulação de fluídos, nódulos, dores ou vermelhidão. Este linfoma não tem qualquer tipo de ligação com o cancro da mama, explicou ainda a organização norte-americana.

Desde o início de fevereiro deste ano, já foram registados 359 casos de cancro relacionados com implantes mamários. No entanto, continua a ser difícil determinar um número exato, devido às limitações significativas de informação acerca dos dados globais da aplicação de implantes. A doença demonstrou afetar com mais frequência as pessoas que têm implantes texturizados – com uma superfície mais áspera e rugosa – do que nos implantes lisos. Dos 359 casos relatados, apenas em 231 é feita uma referência ao tipo de textura do implante: 203 ocorreram em implantes texturizados e 28 em lisos.

Já em 2011, a FDA tinha levantado, pela primeira vez, a possibilidade de poder haver um risco significativo das mulheres com implantes mamários terem um linfoma anaplásico de grandes células. “Todas as informações até à data sugerem que as mulheres com implantes mamários têm um maior risco de poder vir a ter um linfoma anaplásico de grandes células em comparação com as mulheres sem implantes”, pode ler-se numa publicação no site oficial, que pedia também aos médicos para estarem mais atentos às mudanças que suas pacientes pudessem vir a ter. Os implantes mamários são considerados a cirurgia estética mais popular de sempre. Segundo a CNN, cerca de 10 a 11 milhões de mulheres no mundo já se submeteram à operação.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR