Companhia chinesa sedeada em Hong-Kong, com actividade centrada na mobilidade sustentável, o Hybrid Kinetic Group (HKG) acaba de anunciar que o protótipo de berlina de luxo eléctrica H600, apresentado mundialmente no último Salão Automóvel de Genebra, vai mesmo passar à produção. Sendo que a previsão da empresa chinesa é que a versão de produção inicie comercialização nos EUA lá mais para o final da década.

Ao contrário de muitas outras companhias chinesas, que muito prometem e nada concretizam, nós vamos fazer o oposto”, declarou ao Automotive News um membro da administração do HKG, Carter Yeung.

Face ao impacto causado pelo concept, cujo design esteve a cargo do conhecido atelier italiano Pininfarina, Yeung aproveita igualmente para tranquilizar desde já os potenciais interessados, garantindo que a versão de produção não andará muito distante daquilo que foi apresentado em Genebra.

Recorde-se que o H600 Concept combina motores eléctricos com uma microturbina que funciona como extensor de autonomia. Já a potência surge fixada nos 500 kW, ou seja, cerca de 680 cv, com o modelo a reivindicar uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em menos de 3 segundos, assim como uma velocidade máxima de 250 km/h.

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Aproveitando o extensor de autonomia, o H600 deverá conseguir oferecer uma autonomia de 1.000 km. Valor que é consideravelmente maior que, por exemplo, os 632 km anunciados para o exclusivamente eléctrico Tesla Model S 100D.

Ainda de acordo com Yeung, o H600 deverá entrar em produção nos EUA e China lá mais para o final da década, em 2019 ou 2020, precisamente com o objectivo de desafiar não só propostas mais inovadoras como o Model S, como também outras mais conservadoras, oriundas de construtores históricos como a BMW ou a Mercedes-Benz.

De resto, a HKG anuncia igualmente a intenção de apresentar dois novos modelos já no próximo Salão Automóvel de Xangai, agendado para o próximo mês, naquele que será mais um passo em direcção ao objectivo de vir a produzir bem acima dos 200 mil veículos ano, dentro de aproximadamente 10 anos. Sendo que a produção deverá ficar maioritariamente localizada na China, ainda que com as viaturas a passarem por um teste final na fábrica da Pininfarina, em Itália. De que forma esta gigantesca operação intercontinental será feita, a empresa não explica…