O Governo de Cabo Verde e a Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram esta quinta-feira, na cidade da Praia, um plano anual de trabalho, que prevê desembolsos ao país de 16,6 milhões de dólares (15,3 milhões de euros).

O acordo anual, assinado entre o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares, e a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson, é o último do programa quinquenal celebrado entre as partes em 2012. O programa-quadro das Nações Unidas para a Assistência ao Desenvolvimento (UNDAF) de Cabo Verde para o período 2012-2016 foi alargado até 2017, por causa do período eleitoral do ano passado e pela definição de novas prioridades por parte do atual Governo.

Ulrika Richardson salientou que se trata de um “momento importante” para ONU e destacou o facto de o novo programa anual ter sido elaborado com a colaboração de mais de 80 parceiros, entre públicos, privados e sociedade civil. A coordenadora disse que o valor a ser desembolsado este ano é um “importante contributo” para o arquipélago, mas garantiu que é algo que a organização quer reforçar e fazer um trabalho conjunto mais estratégico no sentido de mobilizar parcerias e financiamentos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, sublinhou que o programa anual é o culminar de um processo iniciado em 2012 e o resultado de uma “estreita colaboração” entre Cabo Verde, a ONU e os parceiros internacionais.

O governante adiantou que o programa irá abranger quatro pilares, nomeadamente crescimento inclusivo e redução da pobreza, consolidação das instituições, democracia e cidadania, redução das desigualdades e disparidades e sustentabilidade a adaptação às mudanças climáticas. Também disse que procura ainda dar respostas a setores como a saúde, proteção social, educação, justiça, emprego, segurança, agricultura e segurança alimentar, pesca, urbanismo, demografia e migrações. O governante sublinhou a importância do setor privado e os “resultados significativos” alcançados em 2016 e destacou a “boa execução financeira” do programa-quadro até agora na ordem dos 94%.

O próximo UNDAF será assinado no próximo ano, perspetivaram Luís Filipe Tavares e Ulrika Richardson.

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