A carta suspeita que foi aberta por uma funcionária da Câmara Municipal de Lisboa e que lhe causou uma reação adversa estava endereçada a Fernando Medina. O envelope terá sido enviado do Reino Unido e tinha no destinatário o nome do presidente da autarquia lisboeta, confirmou o Observador junto de fonte camarária.

Envelope suspeito podia conter matérias perigosas

A funcionária, que trabalha na divisão de apoio aos órgãos municipais — que tem a seu cargo, entre outras competências, fazer a triagem da correspondência que chega à autarquia — sentiu-se mal depois de ter aberto um envelope. Ao abri-lo, ter-se-á soltado um pó que ainda não foi identificado, mas que lhe terá provocado uma dificuldade respiratória parcial e ardor nos olhos.

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O alerta foi imediatamente dado (eram 18h51) e foi o Regimento dos Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB) que primeiramente acorreu ao local. Na descrição da ocorrência pode ler-se “Tecnológicos Industriais – Acidentes Matérias Perigosas – Químicos”. Perante a reação causada pelo conteúdo do envelope, o RSB enviou para o edifício que fica na Praça do Município a sua equipa de Unidade de Controlo Ambiental, que trabalha com matérias consideradas perigosas.

Esta equipa, que foi constituída em 1998, é enviada para locais onde se registem “acidentes com matérias perigosas” que “requerem precauções e cuidados específicos para os controlar ou para desenvolver ações que minimizem o seu impacto”, pode ler-se na descrição que é feita no site da CML.

A Unidade é constituída por uma equipa de reconhecimento e intervenção, uma equipa de material, uma equipa de descontaminação e uma equipa de proteção, que assim puderam intervir de imediato no local onde se deu o incidente.

A funcionária da CML foi depois enviada para o Hospital de São José.