O marroquino de 63 anos detido pelas autoridades alemãs e entregue às autoridades portuguesas por suspeitas de ser membro e apoiar o grupo terrorista Estado Islâmico vai ficar em prisão preventiva.

A informação foi avançada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), numa nota enviada à comunicação social. Depois de chegar a Portugal, o suspeito foi presente a interrogatório no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). Terminado o interrogatório, “o juiz decidiu, em consonância com o promovido pelo Ministério Público, aplicar ao arguido a medida de coação de prisão preventiva”, pode ler-se no comunicado da PGR.

O homem foi entregue pelas autoridades alemãs à Polícia Judiciária na sequência de um mandado de detenção europeu emitido pelo DCIAP. É suspeito de financiar e recrutar jovens para se juntarem ao Estado Islâmico.

Segundo as primeiras informações divulgadas pela PGR, o suspeito tinha residência em Aveiro e estava a ser vigiado pela Polícia Judiciária quando decidiu fugir do país. Era procurado pelas autoridades portuguesas no âmbito de uma investigação do DCIAP aos crimes “de adesão e apoio a organização terrorista internacional (Daesh – ISIS) e recrutamento e financiamento ao terrorismo”. Acabaria por ser detido na Alemanha, numa operação conjunta entre as autoridades alemãs e a Polícia Judiciária portuguesa.

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No caso estará ainda envolvido outro cidadão marroquino, que está detido atualmente em França. Segundo a informação avançada pelo Expresso pouco depois da detenção do homem de 63 anos, os suspeitos serão Abdessalam Tazi, de 63 anos, e Hicham El Hanafi, de 27 anos.

A Polícia Judiciária diz também que a investigação dura desde 2015 e explica que nessa investigação foi possível recolher elementos que ligavam estes dois homens “ao terrorismo internacional”.

Marroquino suspeito de pertencer ao Estado Islâmico interrogado em Portugal