A TAP – Manutenção e Engenharia Brasil registou um prejuízo de 31,9 milhões de euros em 2016, face aos 40,2 milhões de euros negativos em 2015, sendo responsável por o grupo TAP continuar a registar perdas.

Segundo o Relatório e Contas da TAP SGPS, esta empresa “prosseguiu na consolidação dos seus resultados operacionais e económicos”, referindo um crescimento das vendas relativamente a 2015 em cerca de 25%” e tendo, “pela primeira vez, sido ultrapassado o orçamento”, mas o facto é que a ex-VEM continua sem conseguir o equilíbrio financeiro que a administração de Fernando Pinto esperava aquando a compra da empresa.

No mesmo documento, e sem especificar, a empresa refere que “dado que não será possível manter no médio prazo estas taxas de crescimento, num mercado que cresce cerca de 6,0% ao ano, foi decidido tomar mais agressivas as ações que conduzam à redução dos custos, no sentido de acelerar a convergência para os resultados positivos”. A TAP concluiu em 2015 o plano de reestruturação da manutenção no Brasil – iniciado em 2011 – mas nesse exercício a atividade voltou a agravar os prejuízos para 40,2 milhões, quase o dobro das perdas registadas um ano antes.

No relatório, a TAP acrescenta ainda sobre a atividade de manutenção e engenharia do Brasil que vai prosseguir “o desenvolvimento de uma metodologia com a qual se pretende identificar oportunidades e otimizar sinergias com a companhia Azul”, transportadora detida pelo empresário David Neelman, que faz parte do consórcio Atlantic Gateway que, por sua vez, com Humberto Pedrosa, detém 61% da TAP.

Em março de 2016, o jornal Público noticiava que houve apenas um ano que a TAP – Manutenção e Engenharia Brasil deu lucro desde a sua aquisição pela TAP: em 2009, com cerca de 3,5 milhões. “Em todos os restantes anos, a antiga VEM registou perdas, acumulando até 2014 prejuízos acumulados que ultrapassaram os 300 milhões”, escreveu o jornal.

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