Merkel-1, Schulz-0. O partido da chanceler alemã Angela Merkel venceu este domingo o primeiro teste após o chamado “efeito Schulz”, com a vitória no estado do Sarre. Trata-se de um pequeno estado alemão onde a CDU de Merkel que registava, há dois meses, 10 pontos percentuais de avanço, com a chegada de Schulz ao SPD ficou a apenas um. O mesmo aconteceu, aliás, para as eleições nacionais de setembro, com Schulz aproximar-se (e até a ultrapassar, em alguns casos) Merkel nas sondagens. Para já, Merkel continua a levar a melhor: 41% dos votos nestas eleições regionais, contra apenas 29% do SPD de Schulz.

As eleições no pequeno estado foram vistas pelos analistas como um barómetro para a corrida que se realiza em setembro, embora o estado seja governado há 18 anos pela CDU (onde está atualmente coligado com o SPD, tal como acontece no Governo). Contados os votos, Annegret Kramp-Karrenbaeuer conseguiu a reeleição no Sarre e partilhou os louros com Angela Merkel, destacando, após a vitória, que “fez campanha lado-a-lado com o partido federal”. Em sentido inverso, Martin Schulz, citado pela Euronews, assumiu que “não foram atingidos os objetivos”, mas acredita que conseguirá atingir a última meta: “A mudança do governo da Alemanha”.

Os restantes partidos tiveram votações menos expressivas que os democratas-cristãos da CDU e os socialistas do SPD: o Die Linke obteve 13% dos votos, o AfD (partido populista de direita Alternativa para a Alemanha) 6%, Os Verdes 4,5% e os liberais do FDP apenas 3%.

Os próximos testes são já em maio, com eleições regionais num pequeno estado no norte do país, junto à Dinamarca, Schleswig-Holstein, e na Renânia do Norte-Vestfália que é o estado mais populoso da Alemanha. Ambos são governados pelo SPD de Schulz.

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