O capitão Rui Monteiro já foi constituído arguido no âmbito do processo em que se investiga a morte de dois instruendos do 127º curso de Comandos, em setembro do ano passado. Durante a semana, o Ministério Público vai constituir novos arguidos.

Como o Observador tinha avançado na semana passada, o capitão Rui Monteiro foi ouvido esta segunda-feira no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP). O militar, comandante da companhia de formação de Comandos, é suspeito da prática dos crimes de insubordinação por desobediência e abuso de poder. Era ele o responsável direto pela supervisão dos instrutores que estavam a dar a formação no curso em que Hugo Abreu e Dylan Araújo da Silva morreram, a 4 e 10 de setembro do ano passado.

Durante a semana, serão constituídos mais quatro arguidos, fazendo subir para 14 o número de militares que poderão ter de responder em tribunal pela duas mortes. Como avançou a RTP na semana passada, dois alferes e dois sargentos vão juntar-se ao grupo de militares já indiciados no âmbito da investigação. Os quatro militares eram instrutores de dois grupos de formação, nos quais, apesar de não se terem registado mortes, houve instruendos a precisar de receber assistência médica.

Hugo Abreu e Dylan da Silva morreram vítimas de golpes de calor. O óbito do primeiro militar, madeirense, foi decretado ainda na tenda de campanha do Campo de Tiro de Alcochete, ao final do dia 4 de setembro. Só no final dessa semana, a 10 de setembro, Dylan da Silva acabou por morrer, vítima de uma falência hepática que se seguiu ao golpe de calor registado durante o primeiro dia de curso.

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