Os trabalhadores da Transtejo vão fazer uma greve parcial na terça e quarta-feira para contestar problemas nas embarcações e a revisão do Acordo de Empresa, o que deverá afetar as ligações fluviais no rio Tejo.

“Por motivo de greve parcial, convocada por diversas organizações sindicais representativas dos trabalhadores da Transtejo, não será possível garantir o serviço regular de transporte fluvial nos dias 28 e 29 de março”, refere o grupo Transtejo em comunicado.

As ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com Lisboa vão ser afetadas, em especial, nos períodos das horas de ponta da manhã e da tarde. “Durante os períodos de greve, os terminais e as estações estarão encerrados, por motivos de segurança. Agradecemos a sua compreensão e lamentamos os inconvenientes que esta paralisação possa causar”, acrescenta a empresa.

Os trabalhadores vão parar durante três horas por turno. Assim, nos dias de greve, a ligação entre o Montijo e o Cais do Sodré apenas deve começar a efetuar-se depois das 9h15, sendo esperado que, à tarde, voltem a parar a partir das 16h30 até às 20h15.

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Na carreira entre Cacilhas e o Cais de Sodré, as ligações devem começar pelas 11h00 e funcionam até às 16h45, hora em que voltam a parar até cerca das 20h14.

Já na ligação fluvial entre o Seixal e o Cais de Sodré, os barcos devem começar a funcionar às 9h15 e depois voltam a parar entre as 16h45 e as 20h15, enquanto na ligação da Trafaria/Porto Brandão com Belém as embarcações circulam a partir das 9h40 até às 16h00, sendo retomadas novamente às 20h30.

A greve vai afetar também as últimas ligações da noite e da madrugada de todas as carreiras. Existem serviços mínimos decretados, mas que passam pela realização de apenas uma carreira nas ligações de Cacilhas, Montijo e Seixal. Os trabalhadores da Transtejo decidiram avançar para uma greve de dois dias, durante três horas por turno, devido a problemas nas embarcações e ao processo de revisão do Acordo de Empresa.

Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marina Mercante, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), explicou à Lusa, após o plenário em que se decidiu avançar para a greve, que os trabalhadores estão preocupados com o processo de revisão do Acordo de Empresa e com o estado das embarcações.