São interrogados esta segunda-feira pelo Ministério Público (no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa) o capitão que foi comandante de companhia do curso 127 dos Comandos assim como o tenente-coronel suspeito de não ter acatado as ordens do general comandante das Forças Terrestres — que pediu a suspensão da recruta.

Recorde-se que durante este curso morreram dois instruendos: o 2.º furriel Hugo Abreu logo na noite do primeiro dia de prova e, uma semana mais tarde, o soldado Dylan da Silva. O interrogatório do Ministério Público surge no âmbito do inquérito-crime à morte de ambos.

O Público consultou o auto de inquirição conduzido no âmbito do processo interno do Exército para o apuramento de responsabilidades, um auto de inquirição (entretanto anexado ao inquérito-crime) concluído em outubro e que resultaria em três processos disciplinares. Nele explica “empiricamente” o comandante de companhia do curso que um dos quatro grupos da instrução, o dos graduados — da qual faziam parte Hugo Abreu e Dylan da Silva– , “era constituído por instruendos na sua generalidade de médio/baixo nível quanto à parte física”.

O grupo de graduados do curso 127 dos Comandos registou sete desistências, seis das quais registadas logo nos dois primeiros dias.

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